DENÚNCIA: ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS ESTÃO DESTRUINDO NOSSA VIDA : EPISÓDIO IV – Uma orgânica esperança
ATENÇÃO! Essa série conterá cenas fortes, irei mostrar como você destrói sua saúde, semeando futuras doenças sem nem mesmo saber. Caso tenha medo da verdade, medo de melhorar sua qualidade de vida, medo de melhorar sua aparência física e prefira continuar vivendo totalmente alienado e feliz, não continue a leitura! Recado dado...
Fernando Paiotti.
Fala galera, tudo na paz?
Assustados ainda com as revelações do último artigo? Hoje
trarei revelações bem graves também, só que analisadas num contexto muito mais
amplo. Mostrarei que todos os alimentos que consumimos estão mais pobres em nutrientes. Vem comigo, mas vem suave.
BOMBA NÚMERO 4: a
inflação nutricional dos vegetais.
Justus Von Liebig foi o cientista que descobriu o que as
plantas necessitavam para crescer: nitrogênio, fósforo e potássio. Os símbolos
desses elementos químicos na tabela periódica são, respectivamente, N, P e K. Isso acabou gerando o fertilizante conhecido por NPK, que acredito que muitos já ouviram falar.
Aproveito aqui para fazer minha primeira DENÚNCIA (nossa já?): fertilizantes industriais acabam por simplificar grosseiramente a bioquímica do solo, igual aconteceu com os alimentos industrializados citados nos meus outros artigos. Os vegetais também passaram a receber uma dieta fast-food, só com o basicão em matéria de nutrientes. Resultado: ficaram mais vulneráveis a doenças e pragas e seu valor nutricional caiu.
Aproveito aqui para fazer minha primeira DENÚNCIA (nossa já?): fertilizantes industriais acabam por simplificar grosseiramente a bioquímica do solo, igual aconteceu com os alimentos industrializados citados nos meus outros artigos. Os vegetais também passaram a receber uma dieta fast-food, só com o basicão em matéria de nutrientes. Resultado: ficaram mais vulneráveis a doenças e pragas e seu valor nutricional caiu.
Outro grande problema refere-se à maneira como os vegetais
são selecionados para o plantio: privilegia-se sempre a variedade, dentro de
uma mesma espécie, que cresce mais rápido, que dá mais frutos em menor tempo.
Ao passo que as outras são deixadas de lado.
Acontece que nem sempre o tipo que mais se desenvolve é o mesmo que mais
agrega nutrientes, como vitamina C, por exemplo. Estamos denunciando aqui, então, a valorização da quantidade em detrimento da qualidade! Que fique bem claro
isso, pois é assim que funciona o jogo.
Isso acontece também
na criação de animais. Para que você tenha uma ideia, 99% dos perus nos EUA são
da espécie “Broad-brested brancos”.
Como se não bastasse tudo o que foi citado até agora, temos já
há algumas décadas o crescimento de monoculturas em detrimento de fazendas
diversificadas. Hoje, quase que só se cultiva milho e soja, impressionante! E
isso, somado aos dois parágrafos anteriores, leva a uma enorme simplificação
da dieta.
Falando nisso, você sabe o porquê de toda essa paixão pelo
milho e pela soja por parte dos agricultores? Esses dois vegetais são muito
eficientes na transformação de luz solar e compostos bioquímicos em carboidratos,
ou seja, são vegetais muito produtivos, por isso, mais rentáveis. Para ajudar, o
governo norte-americano subsidia a produção, fato que já levou a estranhamentos
entre Brasil e EUA na OMC.
Galera, vocês já repararam em como quase tudo que compramos no supermercado possui, em seus
ingredientes, soja ou milho?! Isso tanto faz se é aqui ou lá, na Argentina ou no
México. A coisa está tão exagerada e desesperadora que o milho já contribui
diariamente com 554 calorias na dieta de um norte-americano comum. A soja participa
com 257 cal. Para fechar o grupo do absurdo, o trigo participa em 768 cal e o
arroz com 91 cal.
Esses quatro produtos agrícolas juntos
representam 2/3 das calorias diárias dos caras. E não pense que aqui seja muito
diferente não! Está ocorrendo uma total simplificação da dieta humana no mundo
todo!
Voltando à
nossa DENÚNCIA do início do texto, devido à pobreza dos solos, que são constantemente
desgastados e realimentados apenas com NPK, nos últimos 60 anos percebeu-se uma
diminuição de 20% de vitamina C nos vegetais, 15% de ferro, 38% de riboflavina
e 16% de cálcio. Para que você entenda a gravidade do problema dessa inflação nutricional, trago um exemplo: hoje em dia precisamos comer 3
maçãs para poder obter a mesma quantidade total de nutrientes que uma única
maçã produzida no ano de 1940 continha.
Caramba! Onde vamos parar então?! Qual
a solução para estes problemas?
A resposta
para a pergunta é a utilização de multivitamínicos e minerais (que não serão discutidos hoje) e a valorização das culturas orgânicas, que possuem mais sais minerais (devido à simbiose com fungos do solo) e têm entre 10 a 50% mais fitoquímicos (polifenóis e carotenóides) para se
defenderem de pragas naturais. Isso é muito importante pois, em nosso
organismo, essas substâncias previnem inflamações e são poderosos
antioxidantes.
Sei que
produtos orgânicos são mais caros, mas vale a pena o investimento. Você estará
comendo comida de maior valor nutricional. Isso também se aplica às carnes,
leite e ovos, afinal, os animais são alimentados com as mesmas porcarias que
nós. Eles já não pastam tanto e vivem à base de rações, com altos índices
de milho e soja, ambos muito mais pobres em nutrientes que outrora. Uma
alimentação simplista dessas, só poderia refletir na qualidade dos produtos gerados mesmo: carne com baixo valor nutricional e menor índice de boas gorduras, ovos e leites pobres em
vitaminas e e minerais.
CONCLUSÃO
Não só nós, mas também as plantas e os animais, fomos vítimas de
alimentação simplista no melhor estilo “fast-food”. Consequência disso foi o
empobrecimento nutricional dos produtos agrícolas no decorrer das décadas. Além
disso, percebe-se a tendência de se combater a diversificação da dieta humana,
caminhando rumo à simplificação do nosso cardápio. Exemplo marcante são os
norte-americanos, que obtêm 2/3 de suas calorias diárias comendo milho, soja,
arroz e trigo.
Procure fazer a diferença e diversifique sua alimentação ao
máximo. Consuma, se puder, produtos orgânicos, haja vista que estes possuem valor
nutricional muito mais elevado, e tome um bom multivitamínico.
Não falo para fazer a mudança apenas no que tange aos vegetais, mas também em relação aos produtos derivados de animais.
Não falo para fazer a mudança apenas no que tange aos vegetais, mas também em relação aos produtos derivados de animais.
No próximo artigo falaremos sobre ômega-3 X ômega-6, não
percam!
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FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP
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Nota: algumas informações e exemplos neste texto foram obtidos de Brian Halweil, “still no free lunch”. Publicado pelo Organic Center em 2007.
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