Fala rapaziada! Hoje a coisa vai esquentar, vamos começar o
estudo de todos os exercícios para os bíceps. Fiz uma divisão em três grupos:
os que usam barra, os que usam halteres e os outros. Começaremos hoje a falar
sobre as roscas com barra. Boa leitura e divirta-se!
Peço a todos que não sejam apenas leitores passivos do site, que vêm aqui sugar um pouco de conhecimento sem dar nada em troca: cliquem em curtir (aí do seu lado direito no cabeçalho do texto), não custa nada... Se você gostou da leitura, compartilhe, assim ajudará a divulgar o site. Obrigado.
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CAPÍTULO 4: QUE EXERCÍCIOS UTILIZAR
GRUPO 1: ROSCAS COM BARRA
Não tinha como não começar falando pelo principal e mais
famoso exercício para os bíceps, a rosca direta.
I – Rosca Direta: Mãos em supinação
(palmas das mãos viradas para frente), cotovelos junto ao corpo, costas retas.
Flexionar os cotovelos, trazendo a barra para cima. Depois descer, de forma
controlada. É possível fazer o exercício com as costas apoiadas na parede, para
evitar roubos.
É o exercício mais básico para os bíceps, e o
melhor em termos de ganhos de massa muscular. Acontece que o que mais quero
investir neste capítulo são as variações que podemos criar em cada exercício. Então, vamos começar:
II- Rosca
direta com pegada aberta X rosca direta com pegada fechada: essa variação de
posicionamento das mãos na barra vai influenciar quem será mais recrutada: a
cabeça longa ou a cabeça curta do bíceps que vimos no capítulo 1 sobreanatomia. Pegada mais afastada que a linha dos ombros, maior solicitação da
cabeça curta; mais fechada, maior solicitação da cabeça longa. Repare que é o
inverso: fechada/longa e aberta/curta.
III- Rosca
direta 90°: exercício muito legal, gosto muito dessa variação. Você vai se sentar em um
banco e fazer a rosca direta como sempre faz, só que obviamente com
amplitude reduzida pelo fato de estar sentado. Desça a barra e quando estiver
faltando 1mm pra ela encostar nas suas pernas, suba-a novamente, assim evitamos possíveis roubos.
IV- Rosca
direta com barra W: essa aqui é a favorita da galera que tem algum tipo de lesão nos
punhos. Essa variação de pegada estava salvando a minha vida nos treinos,
recomendo a todos que tenham algum tipo de dor, inclusive a STC (Síndrome do
Túnel Carpal, que é aquela baita dor no antebraço ao guardar a barra depois de
executar a rosca direta) e também para o pessoal que tem o saudável hábito de
variar os estímulos nos treinos, mudando a pegada com certa frequência. Na minha opinião a barra
reta exige muito mais dos bíceps, acho o estímulo superior, mas tenho que dar
muito crédito para a barra W por nos permitir a continuar treinando
mesmo lesionados.
V- Rosca “X”
com barra: essa letra “X” que coloquei no nome do exercício, na verdade é qualquer
numeral múltiplo de 3, como 9, 12 (consulte a tabuada do 3!). Digo isso para acabarmos com aquela
bitolinha de rosca 21. Você pode fazer a rosca 15, rosca 18, rosca 30... ninguém
vai te bater, cuspir ou te prender por fazer isso. É pegar um múltiplo de 3 e fazer, simples. “Aaiiin e
a rosca 24?! Posso fazer então, gato?” Pode cara... mas faz beeem longe de
mim, ok?!
Voltando, essa técnica foi popularizada pelo Arnold
e consistia em dividir o exercício em 3 etapas, vamos pegar o exemplo da
clássica rosca 21 para explicar: você fará inicialmente 7 repetições do início do
movimento até a metade, ou seja, vai subir a barra até o topo do seu abdômen
mais ou menos e descer; depois, 7 repetições da metade para o final, ou seja,
nessa etapa você inicia o movimento do topo do abdômen, sobe até a linha do seu
pescoço e desce até o topo do abdômen novamente, reiniciando o processo; por
fim, 7 movimentos completos. Pegou a ideia?! 21 repetições no total. Veja a imagem abaixo.
Como disse, você poderá escolher qualquer múltiplo de 3
e fazer uma rosca 15, por exemplo. E para desfazermos outra bitola, nada te
impede de utilizar essa forma de execução, num supino 21 ou num pulley costas
18. Combinado? Use a criatividade e destrua nos treinos.
VI- Rosca
direta no cabo: aqui você vai precisar do crossover. Não tem segredo, é a mesma coisa da tradicional. A diferença
de estímulo está no fato de a musculatura ficar o tempo todo sob a tensão
exercida pelo cabo, podendo até ser uma variação interessante, apesar de não
ser tão boa construtora de massa muscular como sua irmã mais velha, a rosca
direta com barra reta.
VII- Rosca
inversa: a execução é igual a da rosca direta, com o diferencial de que iremos
utilizar a pegada pronada (palmas das mãos viradas para o corpo), ao invés da
supinada. Desta maneira, iremos recrutar bastante o braquial e o
braquiorradial. Excelente pedida para os treinos de bíceps com antebraço. É possível fazer
o exercício no cabo, halteres ou com barra W, também.
VIII- DRAG
CURLS: seu criador foi
Vince Gironda, mas foi descoberto por mim como indicação do sensacional Charles
Glass, um dos melhores personal trainer do mundo. A ideia deste exercício é
isolarmos os bíceps ao máximo, retirando a ajuda dos deltoides durante os
movimentos. Então você vai subir a barra rente ao seu corpo, ao mesmo tempo em
que puxa seus cotovelos para trás, provavelmente vai subir até a parte
inferior do seu peitoral apenas, travando no topo do movimento por uns 2 segundos, e
depois descendo. O estímulo é show de bola. Recomendo a todos! Esse exercício acaba
trabalhando bastante o antebraço também, além de desenvolver uma pegada ainda
melhor. Faça de forma concentrada para otimizar os
resultados.
IX – I GO –
YOU GO!: Sinceramente, isso não é bem o nome de um exercício, e sim de uma
técnica popularizada pelo Arnold, mas achei que ficaria legal inseri-la aqui.
Na verdade, estamos a falar de uma modalidade de execução da rosca direta com
barra, modalidade esta que necessariamente precisa ser feita em dupla.
“xiiii...”. Bom, antes de qualquer coisa, antes que a galera se assanhe,
lembre-se de que estamos tratando sobre treinos de musculação... Não vão
imaginar que é pra ficar um atrás do outro abraçadinho se encoxando e fazendo a
rosca direta em duplinha... NÃOO DEMÔNIOO!!!
Arnold e Columbu: será que foi daqui que eles tiraram a ideia do I go, you go?!?! Arnold, Arnold, heim?! Quem te viu, quem te vê... |
O “I go, you go”, é executado da seguinte maneira:
pegue a barra, de preferência com um peso que lhe permita fazer 10 repetições
com dificuldade, e fique de frente para o seu parceiro. Quando terminar a
série passe a barra diretamente para ele que, por sua vez, também executará
as 10 repetições e te devolverá o peso. Aí você continuará fazendo quantas reps
aguentar. E por aí continuamos, vai rolando esse troca-troca (sabia que tinha
algo estranho nesse treino, Fernandão...) até que vocês não consigam mais fazer
nenhuma repetição sequer.
A barra só será guardada no suporte ou colocada no chão, quando alguém arregar. Quanto tempo vai demorar, aí vai depender de vocês... Eu e meu grande amigo Helton, que foi meu parceiro de treino por nada mais, nada menos do que 4 anos seguidos, usamos essa técnica algumas vezes e lembro que era animal! Tua energia vai no teto da academia cara, um incentivando o outro, aquela garra! Recomendo a todos!
A barra só será guardada no suporte ou colocada no chão, quando alguém arregar. Quanto tempo vai demorar, aí vai depender de vocês... Eu e meu grande amigo Helton, que foi meu parceiro de treino por nada mais, nada menos do que 4 anos seguidos, usamos essa técnica algumas vezes e lembro que era animal! Tua energia vai no teto da academia cara, um incentivando o outro, aquela garra! Recomendo a todos!
Continua no próximo artigo...
ATENÇÃO: Essa série contém 8 partes. Continue a leitura acessando:
- parte1: capítulo um (um pouco de anatomia) e capítulo dois (será que você está dando a devida atenção a este grupo muscular?);
- parte 2: capítulo três (com que grupo muscular treinar);
- parte3: capítulo quatro (que exercícios utilizar - grupo 1: roscas com barra);
- parte5: capítulo quatro (que exercícios utilizar - grupo 3: outros exercícios);
FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP
Para conhecer meus serviços de consultoria online, currículo, fotos de alguns alunos e muito mais, clique AQUI ou envie email para: fernando.paiotti@gmail.com
Parabéns pelo trabalho, vale destacar a rosca drag curls que raramente é feita e falada, e vcs a destacaram, EXCELENTE trabalho, artigo de qualidade... Obrigado por nos ajudar ..
ResponderExcluirMano sério,treino a 12 anos e procuro sempre ler artigos sobre treinos e variações afim de enriquecer ainda mais e ver diferentes formas de fazer exercícios, e seu artigo é completo e bem explicado, sem firulas e linguagens técnicas demais, visto que nem todos sabem ou só visam o resultado sem nem querer saber o significado dos termos. Mas você tá de parabéns pelo artigo. Tmj
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