TUDO SOBRE O GENGIBRE – PARTE 1

Fala galera! Como estão?

Quero dar continuidade ao estudo de alguns alimentos naturais que não são muito famosos, mas que são de grande relevância para quem tem interesse em melhorar a qualidade de vida. A ideia surgiu quando divulguei minha bebida termogênica caseira para vcs na famosa série “sobre o aeróbico em jejum”, de longe a mais acessada do site! Para quem se lembra, a bebida continha: chá verde (acesse o link para ler), canela, pó de guaraná e gengibre. Este último será o assunto do presente artigo; os outros dois, vão aguardar mais um pouco.

Então vamos começar nossa leitura daquele jeitinho já consolidado pela série “tudo sobre chá verde”: umas linhas sobre História, vários bate-papos sobre os benefícios, receitas, efeitos colaterais e curiosidades.

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1. HISTÓRICO

O gengibre é uma planta asiática, utilizada há mais de 2500 mil anos e originária das localidades que correspondem à Ilha de Java, Índia e China. Era um caríssimo tempero utilizado na Roma antiga, para que você tenha noção, uma pitada de gengibre equivalia ao preço de uma ovelha inteira. Com a queda do Império Romano, a planta caiu no esquecimento (no Ocidente), sendo “redescoberta” no período das Grandes Navegações.

Ele fazia parte das tais “especiarias” que os europeus, com destaque para os portugas, iam buscar nas Índias. Através dessas viagens, ele foi introduzido na Europa e de lá veio para o Brasil, no século XVII, por volta de 1623, por intermédio dos holandeses quando estes tentaram colonizar o nordeste brasileiro.

Atualmente, essa planta, que também é conhecida pelos nomes de mangarataia e mangaratiá, é cultivada principalmente nos estados de SP, PR, ES e SC. Nós consumimos o chamado rizoma da planta, que seria um tipo de caule subterrâneo modificado em forma de raiz.

2. GENGIBRE, UM ALIMENTO FUNCIONAL

O gengibre é considerado um alimento funcional. Mas o que seria isso? O International Food Information Council define alimentos funcionais como aqueles que provêm benefícios adicionais à saúde além dos já atribuídos aos nutrientes que contêm. Esse alimento recebe tal consideração graças aos seus componentes ativos e às suas funções quimioprotetora, termogênica, anti-inflamatória, bactericida, desintoxicante, antioxidante e anticarcinogênica.

3. COMPOSIÇÃO

Caso analisemos um pedaço de gengibre, encontraremos mais de 400 substâncias! Mais abaixo irei apresentar uma tabela nutricional, mas vamos conversar sobre algumas coisas antes. A meu ver, as catequinas (em especial a EGCG) estão para o chá verde, assim como o gingerol está para o gengibre.

Quem já comeu a planta crua, sentiu o gosto picante que desce rasgando pela garganta. Pois bem, foi culpa do gingerol. Ele tem, aproximadamente, zingbilhões de efeitos benéficos no organismo, a saber: mata fungos e bactérias, age como antioxidante, anti-inflamatório e termogênico, protege contra o câncer e trombose, entre outros mais que veremos ao longo da série.

O rizoma ainda contém muitas vitaminas e minerais, só que faço uma observação: o consumo diário ideal é tão pequeno (algo como 5grs) que neste quesito, infelizmente, quase não tiramos proveito. Observe a tabela abaixo, que aponta as quantidades das substâncias para uma porção de 100grs:

Note que a tabela de valores nutricionais abaixo considera 100g de gengibre, porém o uso numa receita pode não alcançar 2g.

Para encerrar o capítulo, destaco as substâncias que compõem o chamado óleo essencial do gengibre, que são: zingerona, cafeno, felandreno, merdeno e zingibereno. (observação: o merdeno não existe! Foi apenas pra ver se você estava prestando atenção na leitura! Se passou batido, acorda aí pô!). Esse óleo, ao lado do gingerol, ajudará a dar esses efeitos medicinais que tornam a planta tão especial.

Por hoje, encerraremos por aqui, para que não fique muita informação de uma só vez.

(Essa série contém 4 partes. Continue a leitura acessando: parte 1, parte 2, parte 3 e parte 4).

FERNANDO PAIOTTI

Personal Trainer e Consultor Online

CREF 151531-G/SP

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