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Fala rapaziada! Quem acompanhou o último artigo deve se lembrar de que estávamos falando sobre as maiores cagadas/burradas a se fazer no cutting. Dando continuação, temos:
Fala rapaziada! Quem acompanhou o último artigo deve se lembrar de que estávamos falando sobre as maiores cagadas/burradas a se fazer no cutting. Dando continuação, temos:
III) A terceira cagada gera uma polêmica
desgraçada, especialmente porque é o que a grande maioria dos instrutores (os que
só conhecem a teoria, sem nada de prática) ensina para os alunos e a merda vai
sendo repassada: como estragar o cutting com um treinamento mal planejado.
Vamos lá. O
Jaiminho chega para o instrutor frango dele e fala: “professor, me monta uma ficha pra riscar/trincar? Quero ficar com
tanquinho. Sabe como é né?! A micareta tá chegando!”. Beleza, aí o cara
entrega o seguinte treino para ele (a título de exemplificação, vamos usar o
bíceps e o tríceps apenas):
Treino J:
Tríceps
1- Tríceps
Pulley (também chamado de extensão em pé no cabo): 3x15
2- Tríceps
Pulley unilateral com pegada invertida: 3x15
3- Kickback (coice): 3x15
TREINO K: Bíceps
1- Rosca
concentrada: 3x12
2- Rosca
scott: 3x12
3- Rosca no
cabo (pode ser a dupla, em cruz, na polia): 3x12
Prontinho,
vejam só que verdadeira BOSTA de treino: utiliza 100% de exercícios isoladores
(ou seja, não há nenhum básico na lista), apenas com altíssimas repetições. O
pior de tudo é que, muito provavelmente, um instrutor que utilize esta
metodologia cometerá também o erro do item I deste capítulo e mandará você cortar
radicalmente os carbos da dieta. Aí sim, meu querido leitor, a merda estará
completa e o pior cenário possível foi criado: absurda perda de massa muscular.
O primeiro
erro do cara, nesse treino citado, foi aceitar treinar nessa academia sob as
orientações deste instrutor. O segundo, utilizar a simplista e ingênua crença
de que altas quantidades de repetições fazem perder gordura e definem a
musculatura... Já fiz essa crítica na série “entendendo as fibras musculares”,
peço que você leia o artigo por lá o quanto antes (clique no link).
Altas
repetições não definem porcaria nenhuma! Isso vai gerar uma baita polêmica e
muitos vão desmentir, mas quem não acredita, que continue treinando assim,
perdendo tempo e músculos no cutting, além, é claro, de dinheiro.
Para piorar
a situação, além de a metodologia não ajudar, ela atrapalha, haja vista que
altas séries estimulam, basicamente, as fibras tipo-I apenas, deixando de lado
as tipo-II, que são as principais responsáveis por ganhos em força e
hipertrofia. Aí, o coitado que se aventurou, perdeu força em todos os grupos
musculares e murchou legal, mas manteve a gordura corporal, que fique claro.
“Caramba, Fernandão, por que
recomendam fazer essa porcaria, então?”
Acredito que
por dois motivos: as fibras tipo-I conseguem oxidar gordura para obterem
energia e trabalharem. Sendo assim, alguém pensou que, teoricamente, ao
estimulá-las em demasia, perder-se-ia bastante gordura. Outro fator seria a
ideia de que fazer muitas repetições proporciona um gasto calórico mais elevado
do que fazer poucas.
Infelizmente,
tudo isso ficou bonito na teoria, mas não rolou na prática, portanto, nada de
treininho de “3x12-15” para definição. Se parássemos por aqui, já teríamos algo
bem ruim acontecendo, mas o instrutor do Jaiminho conseguiu piorar a situação
ao excluir todos os exercícios básicos do programa, montando um treinamento só
com isoladores.
Para quem
não entendeu o problema, leia esse artigo da série “entendendo as terminologias 3: agonistas, antagonistas e sinergistas”, pois lá dei alguns
subsídios para que você comece a compreender a gravidade da situação.
Os
exercícios básicos são de extrema importância pois conseguem promover, muitas
vezes simultaneamente, ótimos ganhos em força e em massa magra. Isso ocorre por
conta do elevado número de fibras recrutadas, tanto do músculo agonista,
quanto dos sinergistas, permitindo que cargas cada vez mais pesadas
sejam levantadas, favorecendo a hipertrofia.
Com a
substituição por exercícios isoladores teremos uma redução do número de fibras
e de músculos sendo trabalhados, por conta da retirada dos sinergistas, resultando
em perdas de força e de hipertrofia. Saiba que os isoladores têm sim sua
importância nos treinos, é claro, mas a crítica deste artigo está no fato de
que eles só devem ser usados para corrigir determinadas falhas musculares (por
exemplo, a da porção da cabeça lateral dos tríceps) ou para valorizarem
determinados pontos, e não para monopolizarem os treinos, expulsando os
exercícios básicos, que é o que normalmente acontece.
Uma regra bem besta que podemos utilizar seria sempre manter, proporcionalmente, mais exercícios
básicos do que isoladores nas suas rotinas de treino de cutting. Se não quiser
usar nenhum, não tem problema. Na dúvida, pegue o treino que você usava no
bulking e faça apenas as adaptações necessárias, mantendo, inclusive, o número
de séries e de repetições. Para os mais experientes, reduza o tempo dos
intervalos e faça o uso de algumas técnicas de alta intensidade. Não sabe o que
é isso? Leia o primeiro artigo da maior e mais completa série brasileira sobre
o assunto: “métodos para aumentar a intensidade dos seus treinos (MAIDT)”.
Antes de
encerrar este item, pense no seguinte: “quem
define é a dieta, não o treino”, ok?
Acredito que
ficou tudo muito claro sobre os principais erros do cutting. Imagine um cenário
onde o infeliz consuma quase zero carbo por dia, faça treinos com muitas
repetições, com apenas exercícios isoladores e exagere nos cardiovasculares e
teremos a melhor fórmula para o fracasso.
No próximo
artigo da série falaremos sobre as principais dicas e dúvidas sobre o cutting,
assim como os melhores suplementos a serem consumidos nessa fase. Até lá!
ATENÇÃO: Essa série contém 7 partes. Continue a leitura acessando:
- PARTE 2: O que é bulking? Junkie and clean bulking.
- PARTE 3: Dicas, dúvidas e suplementação no contexto do bulking.
EXTRA: COMO GANHEI 15 KGS EM 1 ANO, SEM ANABOLIZANTES, NEM SUPLEMENTOS: PARTE 1 E PARTE 2.
EXTRA: COMO GANHEI 15 KGS EM 1 ANO, SEM ANABOLIZANTES, NEM SUPLEMENTOS: PARTE 1 E PARTE 2.
FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP
Para conhecer meus serviços de consultoria online, currículo, fotos de alguns alunos e muito mais, clique AQUI ou envie email para: fernando.paiotti@gmail.com
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