ATENÇÃO: Este artigo é parte integrante
da série “Todos os métodos de treino do mundo”. Clique no link para conhecer o
projeto e seus capítulos.
E ae,
rapaziada? Tranquilidade?
Como vocês
perceberam no título, vamos conversar sobre o excelente GVT: o treinamento de
volume alemão, famoso por sua peculiar execução, que lhe rendeu o apelido de
“método 10x10”.
Peço a todos que não sejam apenas leitores passivos do site, que vêm aqui sugar um pouco de conhecimento sem dar nada em troca: cliquem em curtir (aí do seu lado direito no cabeçalho do texto), não custa nada... Se você gostou da leitura, compartilhe, assim ajudará a divulgar o site. Obrigado.
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1. INTRODUÇÃO
Percebam, antes
de qualquer coisa, que a brincadeira tem origem nos povos germânicos, que,
desde os tempos mais longínquos, já praticavam a arte do levantamento de peso,
assim como esportes de força bruta. Logo, podemos prever que a coisa vai ser
boa (e realmente é, pois já utilizei essa forma de treinamento algumas vezes e
posso atestar, com experiência prática, que dá resultados).
O GVT foi
inicialmente divulgado nos anos 70, pelo técnico da equipe alemã de levantamento
de peso - Rolf Feser, mas, sinceramente, acredito que a metodologia e suas
ideias são muito mais antigas.
Um fato que
ajudou a divulgar a técnica foi a polêmica entre o GVT (10x10), o Método de
treino de Vince Gironda (8x8) e algumas dores de cotovelo. Não vamos perder
tempo com essas bobagens: as duas metodologias são ótimas e um bocado
diferentes, ao contrário do que parece à primeira vista.
Além disso,
em 1996, através da influência do grande treinador Charles Poliquin, o método
acabou ganhando ainda mais popularidade, além de algumas interpretações
diferentes (ao final da série, passarei a visão de treino de Charles sobre o
GVT, assim como outras rotinas mais tradicionais).
Esse é um
grande problema que enfrentamos com métodos muito antigos de origem
desconhecida: a falta de uma fonte única de pesquisa. A consequência disto é
que, muitas vezes, tomamos contato com rotinas e explicações que são a
“adaptação da adaptação”, haja vista que o método, infelizmente, não é 100%
puro e algumas coisas foram perdidas ou reinventadas. Basta pensar naquela
brincadeira de crianças, o “telefone sem fio”, que a angústia fica fácil de ser
compreendida.
Nada como convidar dois alemães da era freaky para ilustrar esse cenário de German Volume Training: Markus Ruhl (que inclusive já admitiu ter usado o GVT algumas vezes) e Dennis Wolf. |
2. O QUE É O GERMAN VOLUME TRAINING
O GVT
é um método de treino de alto volume que consiste na realização de
apenas um exercício (básico) por grupo muscular, com 60% da sua carga
máxima, num total de 10 séries de 10 repetições, ou seja, 10x10.
Como vocês
puderam observar, eu grifei algumas ideias centrais, as quais gostaria de
discutir separadamente:
A. VOLUME
O volume de
treino é bastante alto, haja vista que faremos 10x10. Isso pode parecer muito
num primeiro contato, mas lembre-se de que vamos realizar apenas UM
exercício por grupo muscular!
Só para
extinguir qualquer mal entendido, lembre-se de que, normalmente, fazemos 3-4
exercícios por rotina, com 3-4 séries cada, o que daria algo entre 9 e 16
séries por treino, ou seja, um “volume” muito maior do que o do GVT.
B. REALIZAR APENAS UM EXERCÍCIO
(BÁSICO)
Este único
exercício deverá ser, preferencialmente, um básico/multiarticular. Eu só não
escrevi “exclusivamente”, porque pode acontecer de você estar com alguma lesão
que lhe restrinja os movimentos e que, por conta disso, impeça-lhe de fazer
exercícios importantes (fato que aconteceu comigo e que foi relatado na série
“treinando com lesão”). Sendo assim, para mim, esta é a única exceção que
permitiria a exclusão de um básico...
Tenha em mente
que seria uma grande perda de tempo e de potencial fazer o GVT tendo por
escolha um movimento isolador. Explico melhor: como apenas um exercício será
realizado por grupo muscular, estaremos treinando, inevitavelmente, com certa
restrição de movimentos. Sendo assim, quanto mais músculos sinergistas
conseguirmos acrescentar ao trabalho do agonista, melhor, pois
alcançaremos mais fibras, pegaremos mais peso e teremos maiores e melhores
resultados em força e, especialmente, em hipertrofia.
Por outro
lado, caso um isolador seja eleito para protagonizar a técnica, teremos um
empobrecimento do treino, haja vista que, como o próprio nome já diz, ele
“isola” a musculatura, excluindo músculos auxiliares do processo, que, por sua
vez, não serão devidamente trabalhados e, por conta disso, sofrerão as
consequências.
C. 60% DA CARGA MÁXIMA
Primeiramente,
saiba que você não deve subestimar o método. Usar apenas 60% (ou 50%, como
fazem alguns) parece fácil e pouco desafiador, mas lembre-se de que serão 10
séries de 10 repetições cada. A primeira delas parecerá uma brincadeirinha, mas
resista à tentação de aumentar o peso, pois, lá pela sexta ou sétima, você
estará chorando e pensando em desistir...
Outra coisa:
não treine até a exaustão! É para fazer dez repetições e nada mais.
Em relação à
escolha das cargas, temos duas opções:
- Descobrir
qual é a sua carga máxima para uma única repetição (1RM), reduzi-la em 40% e
pronto: temos os seus 60% de treino.
- Escolher um
peso que você consiga executar 20 repetições e partir para o abraço, fazendo
10x10 com ele.
D. TEMPO DE INTERVALO
No GVT, os
intervalos serão de 60 (mínimo) a 90 segundos (máximo).
E. AUMENTO DE CARGAS
Assim que você
conseguir executar 10 repetições em TODAS as 10 séries, você estará pronto para
aumentar o peso do próximo treino. Para tanto, suba as cargas em 5%.
F. FREQUÊNCA DE TREINOS
Temos duas opções: treinar o mesmo grupo
muscular a cada 5 ou 7 dias. A escolha vai depender de você, das suas rotinas
diárias, da sua quantidade de tempo livre e da sua recuperação muscular. Teste
as duas e veja como você se sai.
G. ALIMENTAÇÃO
O aporte de
nutrientes durante as práticas do GVT deve ser bastante alto, com uma dieta
hipercalórica e suplementação, caso queira, ou seja, utilize-a
preferencialmente em bulking.
Digo isto
uma vez que o alto volume é muito desgastante e vai exigir demais do seu
organismo, portanto, esteja preparado e capriche também nos descansos.
Acho que por
hoje já está mais do que bom. No próximo artigo discutiremos mais sobre o GVT e
sua importância, assim como os possíveis esquemas de treinamento. Até lá!
(Esta série contém duas partes. Clique aqui para ler a seguinte.)
FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP
Para conhecer meus serviços de consultoria online, currículo, fotos de alguns alunos e muito mais, clique AQUI ou envie email para: fernando.paiotti@gmail.com
Ja fiz essa desgraça, é osso, mas é um treino muitissimo bom!'
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