ATENÇÃO: Este artigo é parte integrante da série “M.A.I.D.T. - MÉTODOS PARA AUMENTAR A INTENSIDADE DOS SEUS TREINOS”. Clique no link para conhecer o projeto e seus capítulos.
CAPÍTULO 12: ROUBOS CONTROLADOS
Para deixar
claro desde o início, o que irei descrever neste capítulo não é a palhaçada que
iniciantes e “marombeiros” de ego fazem dentro do ginásio, mas sim uma técnica
eficaz que possibilita o aumento da intensidade de treino, sem a ajuda de um
parceiro. Obviamente, seu uso estará restrito aos que treinam com seriedade e
responsabilidade...
Sinceramente,
em alguns casos, podemos dizer que temos uma modalidade da repetição roubada (totalmente
incorreta, diga-se de passagem) mesmo que com a presença de um “ajudante” de
treino. No entanto, o que ocorre aqui é que você não foi capaz de distinguir, dentre
as pessoas a sua volta, alguém que pudesse te ajudar com eficácia na execução do
movimento.
Explico
melhor: sabe aquele cara a quem pedimos a famosa “olhadinha” e o fdp vem e faz
o exercício por você? Ajudando-lhe desde o início? Então, é deste corno que
falo, haja vista que ele roubou
todo o seu estímulo muscular naquele exercício... Isto sim que é um verdadeiro
roubo! Nestas ocasiões, chame o dono da academia e faça um B.O.
O “ritmo”,
como apelidou nosso querido Arnold, nada mais é do que a proposital execução
imperfeita de um movimento com o objetivo de prolongar o desgaste de fibras de
um músculo que já atingiu a falha.
Eu não gosto
de chamar a técnica de roubo, mas sim de roubo controlado, para frisar a ideia
de que é algo que ocorre com um objetivo por trás, com uma finalidade,
distinguindo os usuários dos famosos posers de academia.
Como disse
anteriormente, por ser uma técnica individual, que dispensa a presença de alguém
para assisti-lo, o roubo controlado torna-se uma excelente alternativa frente a
outras técnicas de alta intensidade, como as repetições forçadas, por exemplo.
Você tem que
ser muito responsável e saber dosar este roubo, caso contrário, poderá virar um
cleptomaníaco da maromba! Tenha em mente que não é para roubar um banco, mas apenas
uma carteira.
Em outras
palavras, quero dizer que esta técnica serve para acrescentar apenas 1-2
repetições a mais ao final do exercício, e não para fazer todas as repetições
do treino, como alguns costumam fazer... O segredo está no fato de a brincadeira acabar recrutando aquelas fibras musculares que permaneceriam intactas caso você
encerrasse o exercício de uma maneira “tradicional”, ao alcançar a falha.
Tenha em
mente que o roubo só deve acontecer em fases ou momentos específicos, que
seriam aqueles em que não conseguimos realizar o movimento e provavelmente
travaríamos, ou seja, nos momentos mais críticos da fase concêntrica. Sendo
assim, a força necessária deve ser a mais exata possível, para não comprometer
o desenvolvimento do marombeiro.
Depois dessa
série roubada, procure dar um descanso um pouco maior do que o normal, pois
essa malandragem faz com que o corpo acumule maior quantidade de resíduos
metabólicos na musculatura alvo.
QUAL
A MELHOR MANEIRA DE UTILIZÁ-LAS?
Você poderá
utilizar essa técnica com qualquer grupo muscular, em qualquer momento do
treino. Escolha os exercícios em que você quer maior aumento
de força/hipertrofia e mande bala.
Recomendo
que utilize a técnica apenas de vez em quando, restringindo-a àquela série
final foderosa, onde se quer bater recordes. Uma dica de segurança seria a utilização de um cinturão, para minimizar possíveis danos.
As principais maneiras de execução (não excludentes) são:
- Movimento
de pêndulo/gangorra: para impulsionar o peso e ajudar a bater a fase positiva mais facilmente;
- Com má
postura e auxílio de outros grupos musculares, coisa que sobra, normalmente,
para a “lombar”...
QUAL
A IMPORTÂNCIA DESSA TÉCNICA?
- Serve para quebrar um platô, acordando seus músculos;
- Experimentar novas metodologias;
- Garantir maior desgaste de fibras musculares, aumentando
suas chances de hipertrofia;
- Ajudar nos ganhos de força.
HÁ
ALGUM RISCO/ CONTRA-INDICAÇÃO PARA O MÉTODO?
O uso abusivo das repetições roubadas, e não só delas,
mas de qualquer técnica que mostrarei nesta série, poderá sobrecarregar o
organismo, uma vez que serve justamente para aumentar a intensidade dos seus
treinos. Em outras palavras, aumentam-se os riscos de overtraining, fazendo com
que um platô de estagnação, transforme-se numa avalanche de perdas em
massa/força/performance.
Tenha em mente que o roubo controlado, por motivos
óbvios, é uma das mais “perigosas” metodologias desta série no quesito “gerar
lesões”. Ele deve ser usado com muita responsabilidade, caso contrário, tudo
que ele irá roubar será o seu desenvolvimento e a sua “saúde”. Se você é um
iniciante ou intermediário no universo da musculação, passe muito longe desta
técnica, para não criar vícios e esforços totalmente desnecessários.
No próximo capítulo, discutiremos sobre as repetições forçadas, até lá!
FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP
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