Fala
rapaziada!
Chegamos ao
último artigo da série! Assunto de hoje? Continuação da apresentação dos
benefícios causados pela suplementação da creatina, assim como seus possíveis
efeitos colaterais.
Peço a todos
que não sejam apenas leitores passivos do site, que vêm aqui sugar um pouco de
conhecimento sem dar nada em troca: cliquem em curtir (aí do seu lado direito
no cabeçalho do texto), não custa nada... Se você gostou da leitura,
compartilhe, assim ajudará a divulgar o site. Obrigado.
9. OUTROS BENEFÍCIOS QUE O CONSUMO DE
CREATINA PROPORCIONA (continuação)
- Melhora da recuperação muscular
entre os treinos:
a creatina reduz os danos às células musculares e os efeitos inflamatórios do
pós-treino, fazendo com que você se recupere mais rápido.
- Efeito antioxidante: o suplemento é capaz de ajudar no
combate aos radicais livres (Young et al., 2010).
- Diminui a perda de massa em
períodos de inatividade: o consumo de creatina ajuda a manter a massa magra mesmo após algum
tempo sem treinar (por motivos como doença, cirurgia e viagem, por exemplo).
(Johnston et al., 2009).
- Melhora na capacidade anaeróbia.
- Aumento do crescimento das fibras
musculares.
10. PROBLEMAS E EFEITOS COLATERAIS
Efeitos
colaterais... chegou a hora em que muitos vacilões param a leitura e fecham o
navegador, só para não ficarem com peso na consciência dos possíveis riscos que
podem estar correndo. É o famoso “o que
os olhos não vêem, o coração não sente”! Segue:
I)
Infelizmente, há uma estimativa que diz que a creatina pode não trazer
resultados para uma pequena parcela dos usuários. Acredita-se que as pessoas deste
grupo já tenham uma produção elevada e não irão se beneficiar com a
suplementação.
Sinceramente,
já ouvi muitos casos, mas quase todos os “azarados consumidores”, na verdade,
estavam fazendo uma má administração do produto. O primeiro passo é consumir a
creatina monohidratada no pós-treino (ou em alguma refeição longe de cafeína),
dissolvida em água morna, junto a elevadas doses de carbos de alto índice
glicêmico e proteínas.
Se mesmo
assim você não obtiver resultados, há ainda a possibilidade de testar
diferentes tipos de creatina, como os apresentados no artigo 2 desta série.
Observação:
isto não seria exatamente um efeito colateral, mas mesmo assim resolvi escrever
neste capítulo.
II) Desconfortos gastrointestinais: esse problema é relativamente comum
de acontecer e já foi citado diversas vezes ao longo desta série. Como a
creatina arrasta muita água com ela, poder-se-á notar efeitos colaterais como
cólicas, dores de estômago e diarreia. TODAS as dicas que dei no tópico
anterior valem também para solucionar este problema.
III) Problemas nos rins: hummm olha o cheirinho de polêmica (merda)
no ar!!! A creatina é famosíssima por ser tóxica para os rins e por causar
cálculos renais. Isso se deve ao fato de a creatina ser convertida em
creatinina, uma substância residual que é utilizada como marcador de dano
renal.
Quem nunca ouviu estas acusações?! Como até
hoje o efeito colateral ainda não foi comprovado, muitos o classificam como um
mito ou algo muito improvável.
Existem
pesquisas realizadas com pacientes (inclusive com idosos) que tomaram creatina
diariamente, por mais de cinco anos, e não desenvolveram nenhuma complicação
renal. Eu mesmo já vi pessoas com histórico de pedra nos rins saírem ilesos de
vários e vários “ciclos” de creatina...
Tendo uma
conversa bastante franca com o leitor, o que posso dizer é que não é impossível
que o usuário desenvolva algum problema, porém, acho tão improvável... A menos
que você faça uma administração barbaramente irresponsável, tomando 100g por
dia, por exemplo, e/ou tenha alguma predisposição genética, você dificilmente
enfrentará algum problema.
Só recomendo
aos que tenham tendências a desenvolver distúrbios renais (com quadro familiar
ou histórico médico da doença), que encontrem um bom médico (tarefa bastante
difícil, preparem-se!) e façam exames constantes. Ao menor sinal de alguma
irregularidade, interrompa o uso. E não se esqueçam do óbvio: bebam muita água!
Fórmula da creatina. |
IV) Aumento de cãibras musculares: outro assunto polêmico, ainda não totalmente
comprovado, apontado como mito pela maioria dos pesquisadores.
V) Aumento dos níveis de DHT: acredita-se que a suplementação com
creatina eleve os níveis da conversão de testosterona em dihidrotestosterona
(DHT). Mais futuramente entraremos em detalhes sobre isso, quando estudarmos
anabolizantes e seus efeitos colaterais, mas podemos indicar como possíveis
consequências deste fato a queda de cabelo, a acne e o câncer de próstata.
Um estudo
apontou que durante a saturação, os níveis de DHT sobem em 56% e,
posteriormente, em 40% durante a fase manutenção. Não sei as consequências
disso em longo prazo, mas, sinceramente, quantos usuários de creatina já
reclamaram sobre queda de cabelo? “Nossa,
fiquei careca depois de 1 mês de uso de 5g/dia de creatina!!!! Não tomem!!!”.
Parou... Os cientistas apontaram que ainda necessitamos de maiores estudos para entender exatamente o que ocorre. O jeito é aguardar... (Van der Merwe et al., 2009)
11. CONCLUSÃO
Ao longo da
série, vimos que a creatina é um dos melhores e mais eficientes suplementos que
existe. Isto já está mais do que consolidado por conta de diversas décadas de
pesquisas.
Para mim, é
o suplemento com o melhor custo X benefício de todos, que realmente promete o
que cumpre, sem palhaçadas de marketing e de pesquisas manipuladas recheadas de
achismos... Portanto, reina sozinha no topo da minha lista.
Seu
mecanismo de ação consiste em aumentar a hidratação da célula muscular, elevando
o metabolismo da síntese proteica e proporcionado, com isto, melhores ganhos em
força e hipertrofia. Além disso, a creatina ainda auxilia no processo de
regeneração e produção de ATP (um tipo de estoque de energia da célula),
prolongando a fadiga muscular e melhorando nossa performance nos treinos.
Existem
diversos tipos no mercado, mas prefira sempre
a monohidratada, não importa o que o vendedor ou a propaganda da empresa
lhe falem... Caso tenha problemas com ela, aí sim opte por outras formas mais
caras.
Não se
esqueça de dissolver a creatina em água morna e de tomá-la junto a uma boa dose
de carbos de alto índice glicêmico, pois são procedimentos que incrementam a
absorção.
Tenha em
mente que o efeito da creatina é cumulativo, não instantâneo, portanto, não é
barbaramente importante o momento em que você irá administrá-la. Minhas
recomendações são no pós-treino ou em alguma refeição cheia de carbos, como o
almoço.
A saturação
fica a seu critério, não sendo necessária no final das contas, haja vista que
os resultados de quem saturou ou não, foram os mesmos ao final de 30 dias. A
única diferença está na rapidez com que os ganhos aparecerão.
Os efeitos
colaterais ainda são vagos e muitos não foram cientificamente comprovados, como
a indução de cálculo renal. Mesmo assim, recomendo que se use o produto com
responsabilidade, afinal, o que diferencia o remédio do veneno é a dose.
Espero que tenham gostado da série e aprendido
muito com ela. Até a próxima!
ATENÇÃO:
Essa série contém 6 partes. Continue a leitura acessando:
- PARTE 1: INTRODUÇÃO/ IMPORTÂNCIA DA CREATINA
- PARTE 2: TIPOS E VERSÕES DE CREATINA
- PARTE 6: OUTROS BENEFÍCIOS/ EFEITOS COLATERAIS/ CONCLUSÃO
FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP
Para conhecer meus serviços de consultoria online, currículo, fotos de alguns alunos e muito mais, clique AQUI ou envie email para: fernando.paiotti@gmail.com
Gostaria de saber sua opinião sobre o uso de Creatina + Glicerol. Elas seriam sinérgicas? Existiria muito desconforto estomacal devido as características da duas? Esses aumento de hidratação da celular, em vista de resultado, seria tão bom quanto especulo?
ResponderExcluirFala cara! Vamos lá:
ResponderExcluirSim, seriam sinérgicas. Ambas vão socar água para dentro da célula.
Sim e não. Se você tomar as duas e um golinho de água, vai dançar e vai ter uma bela caganeira. Por isso, consuma água até não querer mais com esse glicerol.
Não sei dizer até que ponto a combinação é monstra pois nunca testei. Quem conheço que usou diz q é interessante sim. Gostei da sua dúvida e pretendo em breve publicar uma série sobre o glicerol.
Abraço!
Fernando Paiotti