CONHEÇA O FST-7, O “TREINO DOS CAMPEÕES” – PARTE 1

Fala marombada! Tudo na paz?

Hoje daremos início a mais uma série que, como todos já sabem, faz parte de um projeto muito maior chamado “Todos os métodos de treino do mundo” (para conhecer os outros textos, basta acessar o link acima).

O assunto da vez será o FST-7, metodologia de treinamento “desenvolvida” por Hany Rambod, o procreator. Na verdade, não chega bem a ser uma metodologia/filosofia, mas uma simples técnica específica, no entanto, dada sua fama, preferi lançá-la por aqui...

Já adianto que a coisa é boa, mas gostaria de fazer uma análise crítica do sistema, trazendo à tona algumas informações desconhecidas pelo público em geral, que acaba dando os créditos à pessoa errada.

Só para deixar claro, todas as informações que apresentarei sobre o método foram extraídas de artigos e entrevistas OFICIAIS do próprio Rambod, ou seja, nada de intermediários no repasse da informação. Ah! 
E, por favor, não pensem que apresentarei uma simples tradução dos textos dele... Não sou tão simplório assim...

Antes de começar o estudo propriamente dito, vamos trocar algumas palavrinhas sobre o autor, ok?

Peço a todos para que não sejam apenas leitores passivos do site, que vêm aqui sugar um pouco de conhecimento sem dar nada em troca: cliquem em curtir (aí do seu lado direito no cabeçalho do texto), não custa nada... Se você gostou da leitura, compartilhe, assim ajudará a divulgar o site. Obrigado e boa leitura!


1. QUEM É HANY RAMBOD?

Hany é um treinador norte-americano, formado em biologia, com ênfase em neurofisiologia, pela Universidade da Califórnia, Santa Bárbara. Desde os tempos de faculdade ele atua como personal trainer e sempre fez muito sucesso. Chegou a arriscar inclusive carreira de bodybuilder, mas nunca se destacou.
A fama desse cara pode ser dividida em duas partes: a primeira delas decorre do fato de ele ter obtido considerável sucesso no treinamento de atletas amadores que queriam virar profissionais, fato que lhe rendeu o apelido de “procreator”.

A segunda parte aconteceu em 2009, quando o famoso fisiculturista Jay Cutler, com o intuito de retomar seu título de Mr. Olympia perdido em 2008 para Dexter Jackson, anunciou uma parceria com o tal procreator. O desfecho da brincadeira, como todos devem saber, terminou com a vitória de Jay, fato que se repetiu também em 2010. A partir de 2011, no entanto, começou o reinado de outro discípulo de Hany Rambod, Phil Heat, que já conta com 3 vitórias seguidas neste campeonato (vamos ver o que vai rolar neste ano...).

Todos esses acontecimentos do parágrafo anterior renderam ao FST-7 a “humilde” alcunha de “o treino dos campeões”.

Hany e seus discípulos mais famosos: Phil e Jay

2. CONHECENDO O FST-7, O TREINO DOS CAMPEÕES.

Antes de qualquer coisa, acessem esta série: “O que é fáscia muscular e como ela influencia a memória muscular”. Eu a escrevi no capricho, de forma simples e objetiva, e gostaria que todos a lessem ou relessem. Sem saber o que é fáscia muscular e para que ela serve, não há a menor possibilidade de prosseguir a leitura deste presente artigo, então, por gentileza, acessem...

...............

Pronto? Já (re)leu? Agora vamos prosseguir.

Eu acho engraçada essa coisa de siglas. Elas dão tanto um ar de intimidade, quanto de pseudo-seriedade para as coisas. Querem ver? M.A.I.D.T., a gigantesca série que estou escrevendo sobre “Métodos para Aumentar a Intensidade dos seus Treinos”. Nesse caso, a sigla veio com a intenção de facilitar a minha vida, para que eu não tivesse que escrever essa frase toda vez que lançasse um capítulo da série. Além disso, gera uma intimidade entre o autor e o leitor, já que temos uma “gíria” só nossa.

No entanto, caso eu venha aqui fazer propaganda de um livro que estou lançando chamado o método “VMPUT – volume muscle ultra-power training”, já fica um cheiro de merda no ar, uma vez que a sigla aqui foi usada para engrandecer. Percebam, por favor, que fiz questão de escrever em inglês, já que o brasileiro, estúpido que só, paga muito mais pau para coisas estrangeiras, já que dão um ar mais sério e tudo mais.

Outra sigla: U.T.P.J. : “uma torta pra Jaiminho”. (Alguém se lembra? Bons tempos...)

Essa digressão, brincadeira ou palhaçada que estou fazendo aqui é justamente para chamar a sua atenção para o fato de que as siglas carregam uma conotação muitas vezes supervalorizada, tentando engrandecer algo relativamente simples, que tenta usar uma roupagem diferente para se auto vender. Quero que você tenha essas informações em mente durante esta série.



Indo direto ao ponto, a partir de agora, FST-7 é uma sigla que significa Fascia Stretch Training 7. Podemos traduzi-la, de forma precisa e nada prática, como “método de treinamento que visa a esticar a fáscia muscular através da execução de 7 séries”. Como veremos mais detalhadamente a seguir, elas serão feitas ao final da rotina de determinado grupo muscular, com curtos intervalos de tempo, para render um belo pump, fato que vai ajudar a alargar a fáscia.

Acontece que, antes de lançar esta série, eu escrevi uma falando sobre o saudoso Vince Gironda e sua “metodologia de treino 8x8” (peço a todos que a (re)leiam, haja vista que a proposta, já praticamente esquecida, dá ótimos resultados). Só para refrescar a memória da rapaziada, ele propõem que se faça 8 séries de 8 repetições com 30 segundos de intervalo, ou menos, entre cada uma delas, para causar um gigantesco pump e queimar muitas calorias. Nem preciso dizer que, além de causar hipertrofia muscular, o treino ainda ajuda a esticar a fáscia.

Para que fique claro, não foi por acaso que lancei um método em seguida do outro. Queria que o leitor percebesse que este treino FST-7, de Hany Rambod, na verdade, é um treino Gironda com uma nova roupagem, adaptado. Sinceramente, fica difícil provar e os fãs vão negar até a morte, mas cá entre nós, é verdade...

Curiosamente, o procreator cita outros treinadores em seus artigos sobre o FST-7, mas o finado Iron Guru foi “esquecido”. Tudo isto, aliado ao número “7” (uma série a menos que 8), só reforçaram a minha crença de que Hany pegou carona na obra de Vince, ganhando muita grana, além de ampla fama no meio do fisiculturismo com tudo isto. No próximo artigo desta série vou mostrar para vocês o porquê de toda esta reclamação de minha parte.
Jay Cutler
Entendam, por favor, que não estou apenas metendo o pau e esculachando o cara de graça. O treino FST-171, digo, FST-7 é realmente bom. Eu mesmo já testei por algum tempo e tive excelentes resultados, especialmente no desenvolvimento das pernas. Recomendo-o, de verdade. Se ele fosse uma porcaria, eu nem estaria perdendo meu tempo aqui nessa “inocente” divulgação.

Também não duvido do talento/conhecimento de Hany Rambod, dificilmente ele chegaria aonde chegou apenas plagiando os outros. Acho-o um treinador de primeira linha, muito bom mesmo, mas o problema é que ele aproveitou a desinformação do público em geral para vender uma ideia alheia que, embora esquecida, já existia. Não chega nem aos pés das pilantragens que Joe Weider já fez, mas foi foda, especialmente com Vince. Eu mesmo já fui plagiado por “desinstrutores” de musculação e sei o lixo que é...

Terminado este pequeno bate-papo, com pouco de musculação, mas muito de ética, vamos ao que interessa: o tal do treino dos campeões que, como disse, é realmente interessante e merece ser testado. Da mesma forma que nas séries anteriores, vamos destrinchar o método e suas particularidades através de pequenos tópicos. Mas isto vai ficar para o próximo artigo, já que nos estendemos por demais hoje.

(saindo de fininha pra não apanhar da galera...)


ATENÇÃO: Essa série contém 4 partes. Continue a leitura acessando: 
- PARTE 1: Quem é Hany Rambod/ Conhecendo o FST-7, o "treino dos campeões"
- PARTE 2: Séries e repetições/ Intervalos/ Carga/ Exercícios
- PARTE 3: Split de treino/ Por que o método funciona?/ Desvantagens/ Hany Rambod? Sou mais Vince Gironda
- PARTE 4:  Exemplo de programa de treinamento/ Dicas de nutrição/ Conclusão


FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP


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