M.A.I.D.T. – CAPÍTULO 17 – O MÉTODO DAS NEGATIVAS FORÇADAS

ATENÇÃO: Este artigo é parte integrante da série “M.A.I.D.T. - MÉTODOS PARA AUMENTAR A INTENSIDADE DOS SEUS TREINOS”. Clique no link para conhecer o projeto e seus capítulos.

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CAPÍTULO 17: NEGATIVAS FORÇADAS.

Para que esta leitura fique mais proveitosa, recomendo a todos que leiam o capítulo 16: “o método das negativas” (clique no link).

O nome negativas faz alusão à fase negativa, também chamada de excêntrica dos exercícios (não sabe o que é isso? Leia a parte 2 da série “entendendo as terminologias” aqui do site). É uma técnica muito boa principalmente para ganhos de força, podendo também proporcionar melhoras em hipertrofia.

O grande “segredo” por trás das negativas é que nesta fase do exercício os músculos são até 40% mais fortes do que na fase concêntrica. Sendo assim, podemos acrescentar muito mais peso e causar um estrago muito maior, tanto em ganhos de força, quanto em hipertrofia.

Em relação à negativa forçada, ela é feita de forma um pouco diversa, a saber: peça para um parceiro de treino te ajudar, ou melhor, te “atrapalhar” durante todas as fases excêntricas/negativas de um exercício escolhido, impondo uma resistência extra no movimento (de forma controlada).

Em outras palavras, ele irá forçar a negativa, acrescentando mais peso com as mãos e exigindo ainda mais de você, daí o nome do método...

Recomendo que você convide alguém de confiança para te ajudar, evitando as possíveis inimizades e atritos, pois o cara pode tentar te matar “sem querer, querendo”...



Brincadeiras à parte, a técnica é muito boa, haja vista que, como a negativa seria a fase “mais fácil” do exercício para pegar peso, uma vez que você conta com a ajuda da gravidade, você teria a oportunidade de dificultá-la, mas sem ter de aumentar a carga no aparelho/barra, coisa que iria comprometer a parte positiva também, e o exercício como um todo.

Outra vantagem deste método é que, ao contrário da negativa comum, a pessoa que for te ajudar não sofrerá o duro encargo de executar a fase concêntrica por você. Confesso que treinar alguém com negativas é muito desgastante...

Além disso, não mais do que um único ajudante será necessário, ao contrário da outra técnica, que pode exigir dois ou até mais.


QUAL A MELHOR MANEIRA DE UTILIZÁ-LAS?

Você poderá utilizar essa técnica com qualquer grupo muscular em qualquer momento do treino. 

Recomendo que prefira nos exercícios executados em máquinas, pelo fator segurança, mas você também poderá utilizar nos básicos. Só tome cuidado pois seu ajudante vai ter que saber muito bem como dosar essa força para não te machucar: imagine levar uma forçada equivocada no agachamento e o desastre que isso poderia causar...



Um fato interessante é que depois de algumas repetições forçadas, seu parceiro já poderá parar o desserviço, haja vista que o próprio exercício passará a dificultar a sua vida.


QUAL A IMPORTÂNCIA DESSA TÉCNICA?

- Serve para quebrar um platô, acordando seus músculos;
- Experimentar novas metodologias;
- Garantir maior desgaste/recrutamento muscular, aumentando suas chances de hipertrofia.
- Promover maiores ganhos de força;
- Dificultar a fase negativa do exercício;
- Variar a carga do aparelho sem perder tempo, dificultando, assim, o exercício como um todo.
- Fortalecer os tendões;
- Preparar o psicológico para movimentar cargas mais pesadas.

Mike Mentzer

HÁ ALGUM RISCO/ CONTRA-INDICAÇÃO PARA O MÉTODO?

O uso abusivo do método das negativas, e não só dele, mas de qualquer técnica que mostrarei nesta série, poderá sobrecarregar o organismo, uma vez que serve justamente para aumentar a intensidade dos seus treinos. Em outras palavras, aumentam-se os riscos de overtraining, fazendo com que um platô de estagnação, transforme-se numa avalanche de perdas em massa/força/performance.

Os riscos de overtraining aqui são bastante consideráveis, os usuários são quase unânimes em relação a isto. O próprio Arthur Jones recomendava cautela. Sendo assim, não a aplique mais do que uma vez na semana.

Além disso, você pode aumentar consideravelmente os riscos de lesão forçando os músculos e tendões desta maneira. De todas as técnicas apresentadas até agora, considero esta uma das mais “perigosas” no quesito lesões. Portanto, aprecie com moderação.


No próximo capítulo, veremos uma metodologia oposta a esta: o método das correntes. Até lá! 


FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP


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