TUDO SOBRE O GLICEROL/GLICERINA E SEU PUMP SINISTRO – PARTE 4

Fala rapaziada!

Hoje, neste último artigo da série, discutiremos sobre os efeitos colaterais do glicerol, além de outras possíveis aplicações deste produto.

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6. OUTRAS APLICAÇÕES DO GLICEROL

O glicerol comercial, vendido também sob o rótulo de glicerina, é normalmente obtido através da gordura animal ou dos óleos vegetais, retirando-se os ácidos graxos de suas moléculas de triglicerídeos. Também é possível obtê-lo de derivados do petróleo, mas não sei como funciona.

As aplicações industriais variam muito, podendo envolver explosivos, anticongelantes (reduz bastante o ponto de fusão), cremes, laxantes (isso você já sabe!), antissépticos, xaropes, pasta de dente e como aditivos alimentícios.

Vejam como funciona o metabolismo do glicerol em nosso organismo até que "vire" glicose,

Em relação a este último aspecto, chegamos a um ponto interessante: você provavelmente consome glicerina sem saber.

A indústria panificadora e as docerias costumam utilizar a substância por conta de suas propriedades umectantes, mantendo o alimento com aspecto úmido/molhado/fresco, estável, com um sabor mais doce (substituindo, em partes, o açúcar).

Se você é fã daquelas merdinhas das barras de cereal, você consome glicerina. Para reduzirem o seu índice glicêmico e ao mesmo tempo manterem o aspecto doce e a textura característica, os caras costumam dar uma carregada neste triálcool. Sendo assim, eles podem propagandear seu produto como saudável e o consumidor nem sabe por quê.

Algumas pessoas poderiam pensar em utilizar o glicerol como adoçante, inclusive já vi quem o faça nas tais dietas cetogênicas. O interessante dele é que mexe muito menos com a insulina do que o açúcar comum, não causa cáries e pode ser consumido por diabético, porém, proporcionalmente, para obter o mesmo efeito ao paladar, você estará consumindo muito mais calorias.

Observação: o glicerol e o açúcar têm ambos 4 calorias/grama, mas o poder adoçante do glicerol é 40% menor.

 

7. EFEITOS COLATERAIS

O glicerol não é uma substância que causa muitos colaterais. É possível, especialmente naqueles que estão iniciando o uso, sentir náuseas, dores de cabeça e/ou algum desconforto gastrointestinal.

No que tange à diarreia, tenha em mente que, dependendo de como ele seja administrado, será um poderoso laxante... Como mostrado ao longo da série, isto poderá ou não ser um efeito colateral, dependendo dos seus objetivos.

Se você está atrás de melhor performance esportiva, ganhos em força e elevado pump, aumente a ingestão de água e/ou diminua a do glicerol: essa caganeira é um sinal de que suas doses estão incorretas e de que seu corpo não está sendo respeitado.

Glicerina líquida: aspecto.

8. CONCLUSÃO

Vimos ao longo da série que o glicerol é um importantíssimo aliado para o marombeiro. Ele pode agir de duas maneiras interessantes:

- Para quem está atrás de um pump sinistro, com ganhos de força e melhoras de performance esportiva e no metabolismo celular (com mais síntese proteica), a glicerina é uma boa pedida. Para tanto, ela deverá ser consumida com grandes volumes de água, de acordo com o que foi demonstrado na parte 2 desta série.

- Se, por outro lado, você está atrás de perder aquele líquido intersticial que embaça a sua definição, o glicerol também dará conta do recado, desde que consumido sem água. Tome bastante cuidado pois seu efeito laxativo é bastante grande.

ATENÇÃO: Essa série contém 4 partes. Continue a leitura acessando: 

- PARTE 1: conhecendo o glicerol/ glicerol:o pump do capeta e a performance esportiva

- PARTE 2: glicerol e o outro lado da moeda: retirando água da pele/ doses e protocolos de suplementação

- PARTE 3: potencializando resultados: efeitos sinérgicos com outros suplementos;

- PARTE 4:  outras aplicações do glicerol/ efeitos colaterais/ conclusão

FERNANDO PAIOTTI

Personal Trainer e Consultor Online

CREF 151531-G/SP

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