ATENÇÃO: Este artigo é parte integrante da série “M.A.I.D.T. - MÉTODOS PARA AUMENTAR A INTENSIDADE DOS SEUS TREINOS”. Clique no link para conhecer o projeto e seus capítulos.
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CAPÍTULO 20: SLOW-REPS E SUPER-SLOW
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CAPÍTULO 20: SLOW-REPS E SUPER-SLOW
Slow-reps ou
repetições lentas... Bastante intuitivo, não? Sobre o que o leitor acha que
vamos tratar neste capítulo!? Brincar de circuitinho entre os exercícios? Fazer gincanas com bolas e pesos coloridos?
Acho que
não...
Sinceramente,
o título já disse tudo e poderíamos encerrar este capítulo por aqui, tendo em
mente, apenas, esta ideia de fazer repetições de forma mais lenta. No entanto,
como existem muitas lendas, picaretagens marketeiras e incompreensões acerca
deste método, acho que valerá a pena desenvolvermos mais algumas linhas
textuais.
SLOW –REPS COMO FILOSOFIA DE TREINO (super-slow
training) Vs. SLOW-REPS COMO UMA SIMPLES TÉCNICA.
Há alguns anos
atrás, surgiu uma palhaçada chamada “super slow training” ou SST, da “autoria”
de Ken Hutchins. Uma boa quantia em dinheiro foi investida em divulgação, para
que se tornasse um método bastante atrativo (coisa que foi conseguida), especialmente
pela sedutora ideia de se treinar apenas “30 minutos por semana”.
Quem gosta
de musculação e não treina por moda, já consegue sentir o cheiro de merda no ar
ao ler uma coisa dessas, certo?
A ideia aqui
é que você demore 15 segundos para completar cada repetição, sendo 10 segundos
para a fase concêntrica/positiva e 5 para a excêntrica/negativa. No
total, recomenda-se 10 movimentos, sendo uma única série por exercício.
Espera! ESPERA!
Não feche o navegador ainda, peço para que tenham estômago e continuem a
leitura, ainda falaremos de coisas sérias!
Os fãs do método alegam que essa filosofia de
treino é capaz de queimar mais gordura, aumentar a força e diminuir as chances
de lesão. Pois bem, analisemos, a partir de agora, as principais falhas (não
falaremos de todas pois não quero escrever 100 páginas neste capítulo).
Primeiramente,
em relação às lesões, ao contrário do que se imagina, não é bem a velocidade da
repetição e a quantidade de carga no exercício que irão te lesionar, mas sim a
sua técnica. É perfeitamente possível fazer 100kg no supino em segurança, mas
lesionar-se ao utilizar meros 30kg, executando-o de qualquer jeito, com
escrotidão ou com o ânus...
Além disso,
por conta deste esforço intenso e prolongado do super-slow, sua pressão sanguínea
vai parar na puta que pariu. Se você já tiver algum tipo de problema e ainda
por cima toma uns pré-treinos da vida: vai passar malzinho...
Quanto à
perda de gordura, o método deixa totalmente a desejar, ao contrário do que
defendem os fãs. Segundo uma pesquisa publicada em 2003 no Journal of strength
and conditioning research, gasta-se 48% mais calorias num treino convencional
do que no super-slow... Aposto que a galera associa aquela sensação de ardência
do exercício com a banha sendo frita...
Infelizmente,
eu acabei perdendo uma pesquisa que eu tinha sobre hormônios anabólicos neste
contexto todo, mas me recordo de que no super-slow se produz (obviamente) menos
testosterona e GH.
Por fim,
quanto aos ganhos em força, não há o que discutir: você acha mesmo que vai
pegar pesado fazendo repetições de 15 segundos por 10 vezes seguidas?! Não vai
e isso irá acabar se refletindo na hipertrofia também.
Segundo
artigo de Tom Venuto que li sobre o super-slow, por não se trabalhar com uma
carga entre 70 e 85% da repetição máxima (1RM), iremos prejudicar lindamente o
ganho de volume. Além disso, novamente por conta dos baixos pesos, no caso
abaixo de 85%, perde-se no desenvolvimento de força bruta.
Slooooooooowwpoke................... |
Pois bem,
agora que já descemos o cacete no super-slow, vamos falar sobre as slow-reps,
porém, como uma técnica de treino feita outra qualquer.
A ideia aqui
é que você execute a lentidão especialmente durante a negativa, podendo demorar
por volta de 5 a 6 segundos. É importante que você não reduza drasticamente as
cargas pelos motivos já comentados anteriormente.
O foco de
uma slow-rep pode ser, simplesmente, fazer algo diferente no treino daquele
dia, só para variar o cardápio.
Outra grande
pedida da técnica refere-se à manutenção do treino mesmo que lesionado. No
caso, você irá sim usar uma carga muito leve, já que a proposta é manter-se
treinando, e não agravar o problema...
Por conta da
dificuldade em se atingir a fadiga, você poderá usar as slow-reps para aumentar
a intensidade do treino. Para acelerar o processo de exaustão, tente utilizar
exercícios isoladores.
QUAL
A IMPORTÂNCIA DESSA TÉCNICA?
- Serve para quebrar um platô, acordando seus músculos;
- Experimentar novas metodologias;
- Manter as fibras musculares sob tensão por mais tempo;
- Permitir que se treino com lesão.
HÁ
ALGUM RISCO/ CONTRA-INDICAÇÃO PARA O MÉTODO?
Tome cuidado para não exagerar nas cargas pois, além de
comprometer a técnica, você poderá forçar as articulações em demasia,
especialmente nos básicos.
No próximo capítulo, teremos: “Contando a série por
tempo, não por repetições”. Até lá!
FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP
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