ATENÇÃO: este artigo é parte integrante da
série: “drogas simpatomiméticas e seu efeito termogênico”.
Fala
rapaziada! Hoje o clima vai esquentar, em todos os sentidos! Vamos falar sobre
um dos melhores termogênicos que existe: o ECA.
Acredito que
todos vocês já ouviram algo sobre esta famigerada combinação de Efedrina, Cafeína e Aspirina (ECA), assim como sobre a sua proibição.
Motivo? Simples: a efedrina é tomada no Jiraya demais, podendo te mandar para o
inferno, literalmente, se mal utilizada.
Vamos então,
começar a estudar o tema, mas antes, peço a todos para que não sejam apenas leitores passivos do site, que vêm aqui sugar um pouco de conhecimento sem dar nada em troca: cliquem em curtir (aí do seu lado direito no cabeçalho do texto), não custa nada... Se você gostou da leitura, compartilhe, assim ajudará a divulgar o site. Obrigado!
1. O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER
VER...
Pois é,
infelizmente, as drogas já estão tão interligadas aos esportes, especialmente ao
fisiculturismo, que fica impossível não conversar sobre elas. Não sou hipócrita
a ponto de fechar os olhos e fingir que está tudo ok, sendo assim, vou
aproveitar o meu site para estabelecer uma ponte entre o leitor e a realidade
“underground” da musculação, com o intuito de trazer mais informações,
conhecimento, curiosidades e, quem sabe, uma reflexão sobre o que você e/ou as
pessoas ao seu redor estão fazendo com o próprio corpo: “até que ponto tudo
isto vale a pena?”.
Agora, se
você é hipócrita a ponto de achar que pretendo fazer apologia ao uso de drogas,
que estou incentivando o leitor a consumi-las ou que são tabus indiscutíveis,
peço para que arraste a seta do seu mouse até o canto superior direito do seu
monitor e clique no “X”. Para sempre, ok? Você não tem mente aberta o
suficiente para ler meu site.
Bom, agora
que a digressão e o porquê do texto já acabaram, vamos ao que interessa: a
efedrina. Boa leitura!
2. HISTÓRICO E INFORMAÇÕES
CIENTÍFICAS
ATENÇÃO: para aproveitar melhor este
capítulo, recomendo a todos, mais uma vez, que leiam a série: “drogas simpatomiméticas e seu efeito termogênico”.
A efedrina é
uma amina simpatomimética, não catecolaminérgica, que apresenta ações agonistas
direta e, predominantemente, indireta sobre os receptores α e β, determinando a
liberação de noradrenalina pré-sináptica das terminações nervosas periféricas
para o líquido extracelular (Rev. Brasileira de Anestesiologia, vol.52,
July/Aug 2002).
Falei, falei
e não disse nada... O que essa definição do artigo quis dizer é que a efedrina
é uma substância que é capaz de imitar (mimética) os efeitos do neurotransmissor
norepinefrina (ou noradrenalina). Estes têm sua liberação estimulada pelo nosso
sistema nervoso simpático, que é o sistema responsável pelas situações de
reação em “luta ou fuga”.
Você
certamente já sentiu medo, tensão ou desespero, por exemplo, num assalto, numa
briga, num contato com um animal feroz ou num esporte radical. Tudo isto é o
que popularmente se conhece por “soltar adrenalina”, ou seja, é o seu sistema
nervoso simpático liberando substâncias (neurotransmissores) para te deixar
ligadão, para que você sobreviva, seja fugindo, seja partindo para a porrada.
De maneira,
MUITO simplificada, os tais receptores α e β serão alvo da informação enviada
pelos neurotransmissores, tendo, como consequências principais, no caso da
efedrina: a vasoconstrição, aumento de pressão e termogênese.
Por isso, e
aqui chegamos a um ponto chave, a efedrina ajuda a “gastar” a gordura acumulada
pelo corpo e também mexe com o seu sistema circulatório. Voltaremos a isto com
mais calma.
Recapitulando
o que foi dito até agora, temos que a efedrina é uma droga capaz de imitar,
dentro do nosso corpo, os efeitos de substâncias que nos deixam ligados, em
alerta, de modo que, dentre outras consequências, aumentemos o gasto calórico e
percamos gordura.
Bom, mas não
é exatamente por isso que a efedrina é utilizada. A medicina chinesa,
muitíssimo mais antiga do que a nossa, utiliza a erva Ma Huang (Ephedra sinica) para o tratamento de
problemas respiratórios, como a asma e a bronquite, assim como para melhorar
quadros de congestão nasal e de gripes. Tais fatos devem-se ao efeito broncodilatador
que a efedrina gera.
É a partir
desta erva, ou de alguma outra da família das Ephedraceae, que se extrai a substância conhecida por
efedrina, para posterior manipulação e confecção de termogênicos, fármacos,
etc.
3. MECANISMO DE AÇÃO
Privilegiando
a clareza e a objetividade, temos que a efedrina é uma excelente ferramenta
para o emagrecimento, uma vez que proporciona a queima de gordura por
termogênese (geração de calor).
Esse
processo vai acelerar bastante o seu metabolismo, mesmo que em repouso
(metabolismo basal), fazendo com que você gaste muito mais calorias do que o
normal.
Alie este
fato a uma dieta hipocalórica, com a dosagem correta dos
macronutrientes, e teremos um verdadeiro rodízio de gorduras: fritas, assadas,
na chapa, cozidas, queimadas e torradas.
Temos ainda
que, por ser um excelente estimulante
do sistema nervoso central (SNC), a efedrina vai proporcionar uma performance
esportiva ainda melhor, te deixando bastante disposto para treinar mais pesado
e por mais tempo. Por favor, não confunda este efeito, ou mesmo chame a
substância de energética.
Os
energéticos são compostos que servem para fornecer energia, sendo um clássico
exemplo os carboidratos simples. Os estimulantes, por sua vez, não fornecem
energia alguma, mas aliviam as sensações de dor e de cansaço, mascarando os
pedidos de descanso do corpo e dando a falsa impressão de que você está “cheio
de energia”.
De qualquer
forma, essa incrementada no seu treino vai fazer com que você gaste mais
calorias do que o normal, além de te ajudar a manter o pique mesmo nos
protocolos alimentares mais restritivos.
A efedrina também é famosa por colaborar nas
dietas através da “redução de apetite”, dando aquela forcinha extra para quem
sofre com a fome nos momentos de investir na definição muscular.
Por fim, há
de se mencionar ainda o efeito broncodilatador, que eu poderia descrever de
diversas formas, mas escolho a de um amigo meu, pois é extremamente prática: “a
efedrina dá a sensação de que você está respirando pela boca, só que pelo
nariz, de tanto ar que entra”.
Com tanto
oxigênio assim, à disposição, não é de se espantar porque tantos esportistas
gostam da droga: ela gera um “fôlego” singular.
Ficamos por
aqui. No próximo capítulo, iremos discutir sobre o metabolismo da droga, sua
meia-vida, efeito sinérgico com outras substâncias e as doses. Até lá!
ATENÇÃO: Essa série contém 4 partes. Continue a leitura acessando:
- PARTE 1: Histórico, informações científicas e mecanismos de ação.
- PARTE 2: Metabolismo e meia-vida da droga, interações com outras drogas, principais doses.
FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP
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