TUDO SOBRE O CLENBUTEROL – PARTE 3

Fala rapaziada!

E aí? Todo mundo na putaria de carnaval?

No artigo de hoje, daremos continuidade à série, falando sobre algumas substâncias que podem influenciar na utilização do clenbuterol.

Antes de darmos início, peço a todos para que não sejam apenas leitores passivos do site, que vêm aqui sugar um pouco de conhecimento sem dar nada em troca: cliquem em curtir (aí do seu lado direito no cabeçalho do texto), não custa nada... Se você gostou da leitura, compartilhe, assim ajudará a divulgar o site. Obrigado!


6.DROGAS SINERGISTAS E SUBSTÂNCIAS DE USO CONCOMITANTE

Neste capítulo, pretendo apresentar algumas substâncias que devem ser consumidas durante um ciclo de clenbuterol, para sanar alguns dos efeitos colaterais, assim como drogas sinergistas, capazes de potencializar seus efeitos.

I. SUBSTÂNCIAS:

- Potássio: o clenbuterol é famoso por induzir a perda deste mineral pelo organismo, sendo um dos principais efeitos colaterais, as câimbras. Dependendo de como sua dieta esteja estruturada, você poderá tentar resolver o problema através da própria alimentação ou de medicamentos.

No caso de um regime alimentar mais vasto, como em bulking, o maromba poder aumentar a ingestão de batatas (doce e inglesa), abacate, vegetais crucíferos (brócolis, couve), beterraba e molho de tomate.


“Pô, Fernandão, e banana?!”

Pode comer banana também, mas ao contrário do que se fala por aí, ela não é tão foda assim no quesito potássio. De todos os alimentos citados acima, a banana não supera nenhum na quantidade do mineral em questão.

Agora, se a dieta estiver extremamente restritiva e por vias alimentícias o indivíduo não estiver conseguindo resolver o problema, o jeito será passar numa drogaria ou numa farmácia de manipulação e descolar uma suplementação mineral extra.

Doses: 200 a 400mg, antes de dormir.

- Taurina: substância que o clenbuterol costuma depletar do seu fígado, sem dó, podendo também causar lindas cãibras. Neste caso, o jeito será suplementar. As doses ficam em torno de 3 a 5g por dia.


II. DROGAS SINÉRGICAS

- Cetotifeno: trata-se de uma droga anti-histamínica importantíssima, cujo uso, a meu ver, é “obrigatório”.

Quando temos uma alergia, o corpo libera grandes quantidades de histamina para causar uma reação. É aí que entram em cena os anti-histamínicos (por isso o nome), bloqueando alguns receptores histamínicos, reduzindo a resposta corporal numa reação alérgica. Bom, mas o que isso tem a ver com o clenbuterol?

Acontece que o cetotifeno é capaz de meio que impedir que a afinidade de receptores beta seja diminuída. O nome desse processo é “up regulation”, sendo o seu oposto, o de queda, a “down regulation”.

De maneira MUITO simplificada e resumida, o processo ocorre da seguinte maneira: quando os receptores beta estão ligados, enzimas causam sua fosforilação na membrana celular, modificando sua estrutura e, consequentemente, causando dessensibilização (down regulation).

É aí que entram em cena os anti-histamínicos, inibindo parte do processo e deixando os receptores de membrana mais estáveis para novas ligações.

Sendo assim, durante um ciclo simples de clenbuterol, em alguns dias seus receptores alcançarão elevada saturação e os efeitos vão diminuir, obrigando-lhe a aumentar a dose ou parar, quando esta já não puder ser mais elevada com segurança.

Por outro lado, tomando-se o clen em conjunto com o cetotifeno, temos que este medicamento iria prestar um grande auxílio na up regulation dos receptores, aumentando consideravelmente os efeitos e a possível duração do ciclo.

Agora, outro ponto de extrema valia é que este anti-histamínico irá permitir que você ingira bem menos clenbuterol, diminuindo os efeitos colaterais e as chances de maiores danos a sua saúde, afinal, tenha em mente que o clenbuterol é uma droga forte e perigosa. É justamente por isso que considero o seu uso “obrigatório”.


Acredita-se que com uma administração concomitante de cetotifeno, com dosagens entre 2 e 4mg por dia, seja possível diminuir o consumo de clenbuterol em algo como 30-40%, obtendo-se os mesmos efeitos.

Caso o intuito do usuário seja aumentar o tempo de ciclo, que tradicionalmente é de 15 dias, o protocolo acaba conseguindo durar até algo entre 6 a 8 semanas.

Evite tomar doses muito grandes de cetotifeno pois alguns dos colaterais deste remédio são: moleza, sono e fome, sendo este último uma verdadeira merda num protocolo de definição. Por conta disso, recomendo tomar a noite, perto da hora de ninar, para rebater os possíveis efeitos de insônia que o clen pode trazer.
(FONTE)



- Difenidramina: atua como o cetotifeno. Doses: 50-100mg/dia.

- Hormônios da tiroide: clenbuterol causa uma diminuição na conversão de T4 em T3. Por conta disso, alguns fisiculturistas fazem uso de medicamentos como Cytomel para manter esses níveis, ou mesmo elevá-los, já que os hormônios da tiroide também são administrados para queima de gordura.

Também é comum a administração de efedrina no pós-ciclo (nunca conjuntamente, pois só potencializa danos colaterais, além de competir desnecessariamente por receptores) já que ela aumenta a conversão em questão neste item.

Prefiro me abster de desenvolver maiores informações aqui.


III. EFEDRINA

Não é recomendado o uso da efedrina durante um ciclo de clenbuterol, haja vista que ela também irá competir pelos beta receptores, causando dessensibilização destes de forma mais rápida.
Tenha em mente também que você só irá piorar os efeitos colaterais somando estas drogas, sem receber benefícios muito satisfatórios em troca.

Há quem faça uso da efedra nos entre ciclos de clenbuterol, alegando que, por ter uma meia-vida curta, ela continuaria promovendo a queima de gordura ao passo que permitiria uma lenta e contínua dessensibilização de receptores. Tal método é discutível, podendo trazer tanto benefícios quanto malefícios...


Ficamos por aqui. No próximo capítulo iremos discutir sobre o uso de clenbuterol com esteroides anabolizantes e também sobre alguns efeitos colaterais. Até lá!


ATENÇÃO: Essa série contém 4 partes. Continue a leitura acessando: 
- PARTE 1: CONHECENDO O CLENBUTEROL, UMA DROGA SIMPATOMIMÉTICA/ FRITANDO BANHA/ ANABÓLICO? E ANTI-CATABÓLICO?
- PARTE 2: DOSES, FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO E PRINCIPAIS PROTOCOLOS/ 
- PARTE 3: DROGAS SINERGISTAS E SUBSTÂNCIAS DE USO CONCOMITANTE
- PARTE 4:  CLENBUTEROL E O USO DE ESTEROIDES ANABOLIZANTES/ EFEITOS COLATERAIS


FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP


Para conhecer meus serviços de consultoria online, currículo, fotos de alguns alunos e muito mais, clique AQUI ou envie email para: fernando.paiotti@gmail.com

Comentários