Fala
rapaziada!
No artigo de
hoje iremos encerrar a série, tentando expor algum aspecto positivo da Smith,
além, é claro, de testá-la na prática para terminarmos de apedrejá-la!
Antes de começar, peço a todos para que não sejam apenas leitores passivos do site, que vêm aqui sugar um pouco de conhecimento sem dar nada em troca: cliquem em curtir (aí do seu lado direito no cabeçalho do texto), não custa nada... Se você gostou da leitura, compartilhe, assim ajudará a divulgar o site. Obrigado.
Fuck you, fucking machine! |
3. ASPECTOS POSITIVOS DA SMITH
MACHINE?
Só para não
deixar a série “100% veneno”, vamos tentar caçar algum benefício desta máquina.
Deixo claro que mantenho a minha posição de que não a curto e não recomendo seu
uso, ok?
A) CABIDE
O primeiro
ponto positivo é o de servir como cabideiro, para que você pendure sua roupa/mochila/bolsa
quando chega na academia.
B) LESÕES
Vamos supor
que você tenha uma lesão em algum tendão ou ligamento e justo ele não é
recrutado num exercício XYZ na Smith machine. Teríamos, aí, uma justificativa
para seu uso.
Cá entre
nós, eu quis forçar um pouco a barra. Nada impede que você utilize outros exercícios,
diminua o peso, faça um repouso ativo, enfim, continue sem tocar numa Smith...
C) EXERCÍCIOS
Alguns
exercícios não prejudiciais podem ser feitos na Smith. Exemplos:
- Rack chin:
não vou explicar nada... Veja o vídeo abaixo e já era.
- Extensão
em pé para panturrilhas
- Flexões
com desnível para peito/tríceps ou invertida para bíceps.
Mais uma
vez, quis dar alguma utilidade ao aparelho para que ele não virasse um
cabideiro na academia. Na verdade, você poderá fazer estes exercícios numa
gaiola, power rack ou barra fixa. No caso da panturrilha, poderia utilizar a
máquina própria ou degraus, simplesmente.
4. SMITH MACHINE NA PRÁTICA
Vou agora
passar a minha experiência pessoal com este aparelho. Tudo o que escrevi nesta
série eu comprovei na prática e vocês entenderão o porquê de meus argumentos.
Eu puxo
ferro há 12 anos. Comecei numa academia bem tosca, enquanto ainda estava no
colegial. O dono era o único instrutor e ele estava lá única e exclusivamente
para conhecer mulheres.
Nessa época,
felizmente, a musculação não era uma modinha, mas por outro lado, a quantidade
de informações não era tão ampla como hoje. Só sei que eu demorei mais de ano
para ouvir falar dum tal de agachamento (e mais um ano para ouvir o que era
levantamento terra. E mais muitos anos para aprender a correta execução, pois
não achava um puto, mesmo na área da educação física, que pudesse me ensinar do
que se tratava a coisa. Eu era um adolescente perdido...).
Perguntei
para o desinstrutor do pulgueiro lá como se fazia agachamento e ele disse que
fazia mal pra coluna, pra eu não mexer com isso. Muito tempo depois, começou um
cara lá no estabelecimento que agachava, só que na Smith, pois, para variar,
nem havia uma gaiola, muito menos um power rack naquele lixo.
Achei que a
parada era legal e resolvi copiar.
Em pouco
tempo eu já começava a sentir as primeiras dores na patela: não importava aonde
eu posicionasse os pés, a dor sempre me acompanhava durante o exercício. Aí
comecei a pensar: é, acho que agachamento é prejudicial mesmo e o “instrutor”
estava certo.
Em coisa de
um ano, senti legal o joelho umas três vezes e uma vez arrebentei minha coluna
dum jeito tão fodido, que tive que pedir a bengala da minha avó emprestada por
uns dias (to falando sério!). Tudo isso justamente pelo que falei ao longo da
série: a Smith engana e passa segurança...
Tempos
depois, estudando com seriedade sobre o tema, foi que percebi: como as pernas
ficam posicionadas bem à frente, conforme você desce, sua coluna vai curvando
para dentro. Foda... Só sei que na época acreditei no looser do dono e parei.
Tive ainda
duas belas experiências na Smith, por conta daquele tipo ”ramelão de durateston”
que tem em todas as academias, especialmente as fuleras, manja? Aquele frangão
que não sabe treinar porra nenhuma, se acha o pica grossa da galáxia, tem 35 de
braço, toma durateston, treina de abadá e quer dar dica de treino pra galera?
Um desses
chegou pra mim um dia e falou: “Pô Fernandão, se você supinar sempre no banco
(livre) o músculo acostuma. Tem que variar e fazer na Smith também pra dar
aquela acordada”.
Aí lá foi o
Fernandinho, 16 anos, ouvir a dica do otário. Depois de um ou outro treino meu
ombro já doía para caceta.
Já cheguei
também a mandar ombro nessa porcaria machine, quando o banco de desenvolvimento
duma outra academia quebrou: deu pra perceber o lixo também que era, além de
algumas dores.
Enfim,
resumo da ópera: a Smith machine é uma merda. Se você tem/teve uma história parecida,
faça a transição para o peso livre e verá as mudanças. Aquelas dores chatas que
não passam poderão sumir.
Já agacho
livre há nem sei quanto anos e nunca senti dores no joelho. E que fique claro,
eu desço até o chão. Não treino com viadagens. Além disso, nunca senti dores nos
ombros no supino ou no desenvolvimento livres.
Nossa, mas
por quê? Porque eu estou respeitando a individualidade do meu corpo, a minha
biomecânica e os movimentos naturais do ser humano. Não estou treinando num
movimento artificial e forçado por uma máquina. Simples assim.
5. CONCLUSÃO
Ficamos por
aqui. Espero que tenham curtido a série e entendido todas as minhas críticas.
Vocês verão a diferença que a abstinência da Smith fará nos seus
desenvolvimentos musculares.
Para
recapitular, a utilização de um plano fixo de movimento, como o da Smith,
exclui o recrutamento de alguns tendões, fibras musculares, ligamentos e
articulações da jogada, ao passo que sobrecarrega outras.
Isto, além
de promover menores ganhos em força e hipertrofia, ainda aumenta os riscos de
lesão.
Tenha em
mente, também, que a Smith irá lhe subtrair aprendizado técnico, criando vícios
e inseguranças na hora de treinar livremente, portanto, fique longe dela!
FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP
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