M.A.I.D.T. – CAPÍTULO 31: MUDANDO A COMBINAÇÃO DE GRUPOS MUSCULARES

ATENÇÃO: Este artigo é parte integrante da série “M.A.I.D.T. - MÉTODOS PARA AUMENTAR A INTENSIDADE DOS SEUS TREINOS”. Clique no link para conhecer o projeto e seus capítulos.

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CAPÍTULO 31: MUDANDO A COMBINAÇÃO DE GRUPOS MUSCULARES

A crítica feita no capítulo anterior se mantém: mude as suas rotinas, caro leitor! Quando possível, varie os grupos musculares que são treinados no mesmo dia, trocando as combinações.

Possibilidades é que não faltam, porém, você deve ter em mente o papel de cada músculo num treino antes de montá-lo, como noções básicas do que seja um agonista, sinergista e antagonista: para maiores informações, clique AQUI para ler um artigo específico sobre o assunto.

O desrespeito a este conhecimento poderá arruinar totalmente seu plano de desenvolvimento muscular, haja vista que um músculo acabará sendo treinado várias vezes num curto espaço de tempo, antes mesmo de se recuperar, freando ganhos em hipertrofia e aumentando chances de lesão.

Posto isto, saiba que a mudança de combinação de grupos musculares não é algo que é feito apenas para dar uma variada no cenário, mas sim para possibilitar novas oportunidades de ganhos, especialmente quando estes estão estagnados.

Explico melhor, utilizando um querido personagem da turma do Chaves como exemplo:

Seu Madruga treina costas e bíceps no mesmo dia. Certamente, o amigo leitor sabe que ele começa o treino destruindo as dorsais, sem dó nem piedade, aí, quando já está quase morto, segurando para não vomitar depois de ter feito levantamento terra, parte para os bíceps.

Por mais que ele tenha garra, sempre falta energia para arregaçar com maestria as braçolas também. Aí, os meses vão passando e o problema se repetindo, semanalmente, e o coitado do Seu Madruga com a mesma medida estagnada de sempre no bíceps...


Isso acontece não só pela falta de energia, mas também pelo fato de o bíceps atuar como sinergista no treino de costas. Sendo assim, fica bastante inviável realizar aqueles famosos “treinos from hell” num cenário como este.

Todavia, se o bíceps dele fosse o músculo mais desenvolvido do corpo, inclusive causando desproporção visual, não haveria problema algum em manter a combinação, haja vista que não seria uma forma de negligenciar o desenvolvimento, mas sim uma maneira inteligente e estratégica de treinar.

Isso será analisado criteriosamente pelo maromba, que irá periodicamente reestruturar o programa tentando dar um ar de protagonista aos músculos menos desenvolvidos. Vejamos:


QUAL A MELHOR MANEIRA DE UTILIZÁ-LAS?
A melhor maneira de utilizar esta técnica seria SEMPRE que precisar! Não espere que seus ganhos fiquem estagnados para modificar a estrutura dos treinos.

Bons exemplos, para cinco treinos na semana, seriam os seguintes:

EXEMPLO 1: distribuição por igual
DIA 1: costas
DIA 2: peito
DIA 3: descanso
DIA 4: braços (bíceps, antebraços e tríceps)
DIA 5: ombros (com trapézio e pescoço)
DIA 6: pernas (coxas e panturrilhas)
DIA 7: descanso

EXEMPLO 2: foco em pernas
DIA 1: pernas (coxas e panturrilhas)
DIA 2: peito e bíceps
DIA 3: descanso
DIA 4: Costas e antebraço
DIA 5: pernas (coxas e panturrilhas)
DIA 6: ombros (com trapézio e pescoço) e tríceps
DIA 7: descanso

EXEMPLO 3: foco em braços
DIA 1: costas, bíceps e antebraço
DIA 2: peito e tríceps
DIA 3: descanso
DIA 4: ombros (com trapézio e pescoço)
DIA 5: braços (bíceps, antebraços e tríceps)
DIA 6: pernas (coxas e panturrilhas)
DIA 7: descanso

OBSERVAÇÃO: Como puderam ver, não incluí abdômen. Para entender como inseri-lo de forma adequada, assim como melhorar sua técnica e seus ganhos, lei a série “manual de treino para um abdômen definido” (clique AQUI).




QUAL A IMPORTÂNCIA DESSA TÉCNICA?
- Serve para quebrar um platô, acordando seus músculos;
- Experimentar novas metodologias;
- Evitar uma adaptação negativa ao treinamento, que freie seus ganhos;
- Romper a monotonia;
- Ajudar a corrigir assimetrias corporais;
- Promover melhor recuperação entre os treinos;
- Melhorar seus ganhos de força em exercícios variados, e não apenas em alguns.


HÁ ALGUM RISCO/ CONTRA-INDICAÇÃO PARA O MÉTODO?
Não há riscos ou pontos negativos nessa metodologia apresentada, desde que o marombeiro faça uma correta divisão de treino, respeitando os descansos e os variados papéis que um mesmo músculo pode assumir em diferentes treinos, seja como agonista/sinergista, seja como antagonista.

Caso isto seja negligenciado, os ganhos em força e hipertrofia serão bastante prejudicados, inclusive aumentando os riscos de lesões.



FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP


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