COMO DESENVOLVER PANTURRILHAS MONSTRUOSAS – MANUAL DE TREINO: PARTE 7

Fala rapaziada!

No último artigo, estávamos discutindo algumas dicas e macetes para você utilizar no seu treino de panturrilhas, a fim de melhorá-los. Continuemos.


CAPÍTULO 6: ONZE DICAS E MACETES PARA UM TREINO DE VERDADE!

Continuação...

IV. O PESO

“As panturrilhas estão sob stress o dia todo, aguentando seu peso ao andar ou simplesmente ficar de pé. Treiná-las de forma leve não adianta nada. Elas precisam de cargas altas para crescer. Mimimi... mimimi”.

Todo mundo já ouviu essa porra! Todos! Enfim, isso acrescenta alguma coisa?

Muito pouco, afinal, eu acho que a ideia é treinar pesado em tudo, como peito, bíceps, costas, etc. Não é porque é panturrilha que você treinaria leve, isso tenho certeza.

Além disso, pesado é algo muito relativo. Se eu mandasse você executar flexão plantar com 200kg e o amigo mandasse 20 reps tranquilamente, o peso seria leve; porém, se fizesse apenas 10 chorando, pesado.

Caso utilize uma carga realmente muito alta para seu potencial, só para tentar se adequar a estas ideias que pregam por aí que a panturrilha deve ser dichavada às toneladas, você irá desrespeitar a boa execução dos movimentos, estragando seu treino.

Entenda, meu querido: a carga deve ser pesada sim, porém, pesada o suficiente para que você atinja o número de repetições proposto naquele exercício, falhando, se possível, na última ou perto dela. Se ultrapassar, sinal que o peso deveria ter sido aumentado.

Isso sim que é treinar pesado. Com o tempo você irá ganhar força e, consequentemente, usará mais cargas. E que fique claro que isso não vale só para a panturrilha por conta da história de estressá-las o dia todo. O treino deve ser pesado sempre, independentemente do cardápio do dia...

V. A VARIEDADE DE MOVIMENTOS

Como puderam perceber, no capítulo 3 desta série eu apresentei alguns exercícios para panturrilhas, com diversas variações deles. Contei por cima e digamos que temos 18 exercícios para realizar, incluindo adaptações e variações de um mesmo movimento.

Agora eu pergunto: vale dizer que faz sempre a merda do gêmeos sentado por falta de opção na academia?! Não dá né?!

Varie os exercícios do seu treino, leitor! Além de te ajudar a desenvolver as panturrilhas sob ângulos diferentes, ainda quebram a monotonia das rotinas. Conforme já mencionado:

“Recomendo sempre utilizar um exercício de flexão plantar sentado, um para o tibial anterior e no mínimo um de flexão plantar com a perna esticada, totalizando, pelo menos, três exercícios. No caso deste último tipo, talvez seja razoável manter um em pé e outro no leg press, fazendo rodízio entre as variações de ambos.

É perfeitamente possível que você trabalhe com menos opções de exercício, porém, aumentar a possibilidade de ângulos de movimentos no dia é algo muito mais interessante e acertado para obter resultados, especialmente se você tem dificuldades em hipertrofiar a panturrilha, coisa absolutamente comum.”

O número de séries por treino pode ficar entre 6 e 8. Acho que já estaria bem satisfatório assim. Aí o negócio é combinar: 4 exercícios com duas séries cada, 3 de 3 sets, 2 exercícios com 4 sets cada, 8 exercícios com uma série cada um, etc, etc, etc. Use a criatividade e todos os conhecimentos adquiridos nesta série.

VI. A INTENSIDADE

Chegamos a minha parte favorita: intensidade!

Escrevi praticamente uma enciclopédia sobre métodos de alta intensidade numa série de 35 artigos e mais de 100 páginas aqui no site, intitulada “METODOS PARA AUMENTAR A INTENSIDADE DOS SEUS TREINOS – M.A.I.D.T.”.

Acessem-na, aprendam sobre métodos, e usem-nos sem moderação alguma! É pra fazer uma verdadeira suruba com eles, para triturar sua panturrilha até a última fibra! Apenas para enriquecer o tópico, cito alguns métodos muito úteis no contexto:

- agonistas X antagonistas: por exemplo combinando exercícios para o tibial anterior (dorsiflexão) com os de flexão plantar.
- bi, tri e giant-sets;
- Rest-pause e drop-sets;
- Negativas forçadas;
- Repetições forçadas e estáticas;

Por fim, o filé mignon para panturrilhas: a “every Day routine”, assim batizada por mim, e o método das 100 reps. Se as sugestões de cima são armas poderosas, estas duas últimas são bombas nucleares!

Leia minhas sugestões e desintegre totalmente suas panturrilhas, é impossível não crescer depois de tanta paulera assim!

 VII. MONOTONIA  E ESTAGNAÇÃO: VARIE OS TREINOS PARA COMBATÊ-LAS!

Treinar panturrilhas é muito chato e monótono para algumas pessoas. Uma forma de combater isso eu já citei: trocar os exercícios regularmente.

Contudo, mesmo que você goste de trabalhá-las, eu recomendo estar sempre tomando medidas para evitar que se atinja um quadro de estagnação, onde os ganhos param, ou até mesmo regridem, não importando o quanto você pegue pesado.

A maneira mais simples de se evitar isso é seguindo as dicas da parte VI da série MAIDT, citada acima, intitulada: “Pequenas mudanças, grandes resultados”. Nela eu incentivo o leitor a variar o tempo de intervalo, quantidade de peso, número de séries e repetições, ordem dos exercícios, horário do treino e quantidade de treinos por semana. Isso serve, inclusive, para ajudar na recuperação e evitar overtraining.


Ficamos por aqui. No próximo artigo terminaremos de expor as dicas e encerraremos a série. Até lá!



ATENÇÃO: Essa série contém 8 partes. Continue a leitura acessando (clique nos links): 
- PARTE 1: Um pouco de anatomia
- PARTE 2:  Será que você está dando a devida atenção a este grupo muscular?
- PARTE 3: Exercícios com dorsiflexão/ Exercícios com flexão plantar
- PARTE 4Exercícios com flexão plantar (continuação)
- PARTE 5: Quais os melhores exercícios?/ Qual o posicionamento dos pés?
- PARTE 6: Onze dicas e macetes para um treino de verdade!
- PARTE 7Onze dicas e macetes para um treino de verdade! (continuação)
- PARTE 8Onze dicas e macetes para um treino de verdade! (continuação)/ Bate-papo final


FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP


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