Fala
galera! No presente artigo, iremos discutir
o exercício de flexão de braço no TRX, que é uma variação ao que é
tradicionalmente feito no solo. A ideia será a de comparar ambas as formas de
execução, a fim de descobrir se existe uma melhor. Boa leitura e não se
esqueçam de curtir e de compartilhar para ajudar na divulgação do meu trabalho!
FLEXÃO
DE BRAÇO NO TRX: FALANDO SOBRE BIOMECÂNICA
A
flexão de braço no TRX é um exercício que envolve, especialmente, os seguintes
grupos musculares: peitoral maior (para fazer a adução horizontal e a flexão de
ombro), tríceps braquial (extensão do cotovelo), deltoide anterior (adução
horizontal e a flexão de ombro) e o core (estabilização global e local do
tronco).
Durante
sua execução, um grande trabalho é imposto ao core, uma vez que este grupo de
músculos posturais do tronco, envolvendo os abdominais, multífidos, eretores de espinha, etc, é intensamente solicitado para manter sua postura. Além disso, um
grupo de 4 pequenos músculos, que compõem o manguito rotador, também é barbaramente recrutado para estabilizar a glenoumeral – articulação do
ombro.
FLEXÃO
DE BRAÇO NO TRX É O MELHOR?
Muitos
devem estar se pensando: por que fazer a flexão de braço no TRX e não no solo?
É frescura? Modinha de funcional? Qual modalidade é melhor?
Foi
pensando em responder a estas perguntas que resolvi fazer uma pesquisa
científica mais profunda e escrever este artigo, sendo a resposta baseada no
trabalho dos pesquisadores SNARR & ESCO, 2013.
Eles
selecionaram 21 pessoas para realizarem os dois exercícios e fizeram análise
eletromiográfica (mediram atividade muscular) dos seguintes músculos: peitoral
maior, deltoide anterior e tríceps braquial.
PEITORAL MAIOR
|
DELTOIDE ANTERIOR
|
TRÍCEPS BRAQUIAL
|
|
FLEXÃO NO SOLO
|
63.62
± 16.4 %MVC
|
58.91
± 20.3 %MVC
|
74.32
± 16.9 %MVC
|
FLEXÃO NO TRX
|
69.54
± 27.6 %MVC
|
81.13
± 17.77 %MVC
|
105.83
± 18.54 %MVC
|
Nos
resultados indicados na tabela acima, podemos perceber que a atividade de todos
os músculos foi maior no TRX quando em comparação com o solo, ou seja, a
condição de instabilidade trouxe maior atividade muscular.
Segundo
os autores, essas diferenças foram significativas para todos os grupos
musculares, sendo a flexão de braço no TRX um exercício excelente, que pode ser
pensado como uma forma avançada de execução do exercício no solo, tradicional.
Tal
fato ocorreu uma vez que as articulações trabalharam com apenas 1 grau de
liberdade na flexão de braço no solo, tendo os músculos atuado apenas como
agonistas; por outro lado, no TRX, houve incremento de movimentos horizontais e
diagonais, aumentando o número de graus de liberdade, impondo um trabalho de
estabilização também a estes músculos, justificando maior recrutamento.
Contudo,
dentre as possíveis falhas do trabalho, temos a familiarização ou não com o uso
de instabilidade, uma vez que nem todos os sujeitos eram treinados, fato que
poderia alterar os resultados, mesmo porque, existem estudos mostrando que o
uso da instabilidade não aumenta o trabalho de músculos agonistas.
De
toda forma, acho muito válido o uso do TRX para incrementar o seu treino, haja
vista que, além de muito versátil, ele ainda exige muito mais de músculos
estabilizadores, como os do core, em seu tronco, e os manguitos, em seus ombros.
Com
isto, encerramos e espero que tenham gostado da forma como apresentei o tema.
Até o próximo artigo da série!
BIBLIOGRAFIA
- SNARR, Ronald L., ESCO, Michael
R. Electromyographic Comparison of
Traditional and Suspension Push-Ups. Journal of Human Kinetics volume
39/2013, 75-83 DOI: 10.2478/hukin-2013-0070.
FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP
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