Fala
rapaziada! No presente artigo, teremos como objetivo responder a pergunta do
título: qual a diferença entre o agachamento frontal e o agachamento com a
barra nas costas? Sendo assim, iremos discutir e contrapor estes dois
clássicos, conhecidos, respectivamente, como front squat e back squat.
Boa leitura e não se esqueçam de curtir e de compartilhar para ajudar na
divulgação do meu trabalho!
RECORDAR
É VIVER: O AGACHAMENTO TRADICIONAL COM A BARRA NAS COSTAS
O agachamento com a barra nas costas,
o
back squat, já
foi intensamente discutido em outros artigos aqui do site. Apenas para
recordar, trata-se de um exercício de cadeia cinética fechada (CCF), assim como
o afundo, uma vez que é feito com nossos pés em contato com o solo, além de
envolver diversas articulações.
Pela maneira como é tradicionalmente
executado, dados os braços de alavanca gerados, implica em altas cargas para a
região lombar e para a patelofemoral (joelhos), proporcionando, assim,
altíssimo trabalho de quadríceps (vastos lateral, intermédio e medial e reto
femoral) e de glúteos (glúteo máximo), porém, com bastante sobrecarga a estas
articulações, fato que pode ser tanto bom, quanto ruim, dependendo da
periodização, técnicas e estratégias que o profissional de educação física
responsável pelo seu planejamento de treino utilizar.
Além destes músculos, muitos outros
ainda exercem trabalhos importantes, como os adutores, os posteriores de coxa e
o core, grupo este composto por diversos músculos, como, reto abdominal,
oblíquos, transverso do abdômen, quadrados e multífidos lombares, eretores de
espinha, entre outros.
A título de comparação, existe uma
modalidade de agachamento guiado, feita normalmente em Smith Machine, que, na
verdade, altera totalmente a dinâmica do exercício, tirando carga do quadril,
glúteo e coluna e a aumentando no joelho e no quadríceps. Cito isto, pois essa
adaptação é muito similar ao que o agachamento frontal impõe ao nosso corpo.
O AGACHAMENTO FRONTAL
O
agachamento frontal é tradicionalmente feito apoiando-se uma barra no deltoide
anterior, correspondente à parte da frente de nossos ombros, seja com uma
pegada cruzada, seja com uma simples. Além disso, ele também pode ser adaptado
com o uso de halteres, kettlebells, anilhas e elásticos.
Ele
não é tão popular quanto o agachamento com barra nas costas, uma vez que sua
técnica é mais difícil, haja vista que se trata de um movimento mais instável e
que trás uma dificuldade a mais quanto a segurar a barra, causando desconforto
para muitos, além de permitir, comparativamente, a utilização de cargas bem
menores do que o agachamento livre.
QUAL
A DIFERENÇA ENTRE O AGACHAMENTO FRONTAL E O AGACHAMENTO COM A BARRA NAS COSTAS?
Na
prática, quando comparamos estes dois exercícios, vemos que a diferença entre o
agachamento frontal e o agachamento com a barra nas costas reside na variação
de braços de alavanca, como disse logo acima.
Ao
deslocarmos a barra para frente, tiramos carga de glúteos, de posteriores de
coxa, da coluna e de músculos posturais do core, aumentando, em contrapartida,
o trabalho de quadríceps e de compressão no joelho.
Quando
a barra volta para as costas, a carga na coluna aumenta, requerendo maior
trabalho de glúteos, de posteriores de coxa e do core para estabilização,
reduzindo, assim, um pouco a compressão no joelho e, consequentemente, o trabalho
de quadríceps, porém, é importante deixar claro que este permanece alto.
Sendo
assim, a priori, estas seriam as principais diferenças. Extrapolando para a
prática, o que temos é o seguinte: o agachamento frontal é mais interessante
para pessoas que tenham algum tipo de dor lombar crônica não controlada, como
hérnias de disco e espondilolistese, por exemplo, e que necessitem treinar
quadríceps com baixo impacto para a coluna, por esta estar com um
fortalecimento ruim ou numa crise aguda de dor, por exemplo. Além disso, o
front squat também é uma boa estratégia para quem necessita incrementar o
desenvolvimento de quadríceps, porém, sem grande carga nos glúteos, a fim de
corrigir assimetrias.
Por
outro lado, o agachamento com a barra nas costas se mostra uma alternativa mais
interessante, uma vez que trabalha membros inferiores de maneira mais completa
e abrangente, além de imprimir menor sobrecarga patelar, fato importante para
quem tem alguma lesão articular de joelho que prejudique a realização do agachamento,
como uma condromalácia em fase aguda.
Com
isto, encerramos nossa discussão e espero ter auxiliado no desenvolvimento do
senso crítico de vocês! Até a próxima!
BIBLIOGRAFIA
YAVUZ et al., 2015. Kinematic and EMG activities during
front and back squat variations in maximum
loads. J Sports Sci. 2015;33(10):1058-66.
doi: 10.1080/02640414.2014.984240. Epub 2015 Jan 29.
FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP
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