Em 2017, Saeterbakken e colaboradores compararam os 3 supinos (declinado, reto e inclinado) com três posicionamentos das mãos (pegada estreita, normal (pouco maior que a largura dos ombros) e larga (bem maior que a largura dos ombros)), avaliando, para tanto, a atividade muscular do peitoral maior, deltoide anterior e posterior (músculos do ombro), grande dorsal e bíceps e tríceps braquiais.⠀⠀
O único músculo que teve atividade muscular modificada foi o
bíceps braquial, cuja ação diminuiu. Isto, acredita-se, ocorreu pelo fato de os
cotovelos tenderem a realizar uma adução (“fechando-se”). Outra possibilidade é
que há um aumento de reflexo inibitório de contração do bíceps, para que ele
não atrapalhe a atividade do tríceps, seu antagonista, que tem um importante
papel de estabilizar a articulação do ombro (glenoumeral) e de realizar a
extensão do cotovelo ao longo do movimento.
Surpreendentemente, a variação de pegada não afetou a
atividade de tríceps, apesar de ser esperado, como evidenciado em trabalhos
antigos, entre eles o clássico BARNETT (1995), que mostraram que as pegas
fechadas aumentam a solicitação do músculo em questão. Discute-se se isto
ocorreu pelo fato de os 20 voluntários serem atletas profissionais de supino,
viabilizando ajustes de ativação independentes de posição. O mesmo vale para o
deltoide.
Por fim, no que diz respeito à capacidade de usar carga, a pegada larga foi a que possibilitou a utilização dos maiores pesos, seguida da média e, em último lugar, da estreita.
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