Pré-exaustão, para quem não sabe, consiste na realização de um exercício monoarticular, cujo movimento, para acontecer, dá-se apenas em 1 articulação, como é o caso, por exemplo, da cadeira extensora, onde fazemos extensão do joelho, seguida, posteriormente, pela execução de um multiarticular, como o agachamento, que envolve joelho, quadril e tornozelo.
A ideia disso, em teoria, é a de garantir maiores stress e recrutamento aos músculos envolvidos, especialmente o alvo (no caso, quadríceps), possibilitando, assim, maiores ganhos, porém, será isto verdade?
Gołaś e colaboradores, 2017, testaram atletas da seguinte maneira: realizariam crucifixo inclinado, elevação frontal e tríceps testa antes do supino reto. Ao longo das sessões de treino, notaram que não houve diferença na atividade de deltoide anterior (parte da frente do ombro) e do peitoral maior, porém, o recrutamento do tríceps braquial aumentou. Isto ocorre pois, como os dois primeiros estavam fadigados no supino, o tríceps acabou sendo mais recrutado para viabilizar a demanda, pois podia contribuir.
Já li diversos trabalhos sobre o tema e, num geral, o que eles mostraram ao longo dos anos é que o uso da pré-exaustão parece não trazer os benefícios imaginados, porém, sinceramente, eu recomendo sua utilização, pois não deixa de ser uma estratégia válida de treino: dá inchaço e dificuldade para o aluno que gosta de ser desafiado, aumentando engajamento, além de proporcionar bons aquecimentos e treinos intensos, mas com menores cargas, fatos que aumentam segurança.
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