COMPARANDO O FLEXOR NÓRDICO COM A HIPEREXTENSÃO DORSAL

 

Na investigação realizada por Bourne e colaboradores, em 2017, 10 exercícios foram analisados, a fim de mensurar suas capacidades de solicitação dos posteriores de coxa, grupo este composto por quatro músculos: semitendinoso, semimembranoso e bíceps cabeças longa e curta, sendo os três primeiros os famosos “isquiotibiais”.

Dos 10 exercícios analisados, onde tivemos exercícios como afundo, stiff, mesa flexora, swing com Kettlebell, stiff unilateral e ponte unipodal, o flexor nórdico foi o que apresentou a maior solicitação de bíceps cabeça curta no grupo, mesmo não sendo um exercício seletivo para ele, haja vista que seu destaque fica com o semitendinoso.

Em relação à hiperextensão dorsal, este movimento guardou a maior especificidade para solicitação de isquiotibiais, de forma relativamente bem distribuída, em detrimento do bíceps cabeça curta, que foi 4 vezes menos solicitado que o semitendinoso.

Com estas informações, o profissional de educação física encontra subsídios interessantes para a prescrição de treinos, sobretudo quando pensamos em lesão. Por exemplo: é comum que corredores lesionem o bíceps cabeça longa, sendo assim, uma estratégia interessante seria a de utilizarmos, numa reabilitação, a hiperextensão dorsal, que tem uma solicitação muito maior que o flexor nórdico, que, por sua vez, poderia ser interessante num caso de lesão de semitendinoso.  


FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP


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