A discussão de hoje será baseada no trabalho de Marchetti e colaboradores de 2020, onde 15 homens treinados foram avaliados em 4 situações distintas, todas em isometria (“sem movimentação” da perna): joelhos estendidos ou flexionados em 90° mantendo os pés em flexão plantar (como quando ficamos na ponta dos pés no chão) ou dorsiflexão (quando levantamos os dedos e ficamos só com o calcanhar no solo).
3 séries de 5 segundos cada foram realizadas em cada situação e observou-se que, independente da forma como o pé estava posicionado, a atividade de bíceps femoral (músculo posterior de coxa) não se modificou. Além disso, na situação com o joelho estendido o pico de força foi maior do que com o joelho flexionado.
Em relação à posição do pé, quando se utilizou a flexão plantar, a atividade de sóleo e de gastrocnêmio, ambos músculos da panturrilha, foi maior do que em dorsiflexão.
Discussão: era de se esperar maior solicitação da panturrilha em flexão plantar justamente pois são estes músculos que realizam este movimento. Na dorsiflexão quem atua é o tibial anterior, músculo que fica na frente da perna (na “canela”). Sendo assim, se você quer recrutar mais sua panturrilha, utilize este movimento. Além disso, não se verificou mudança no trabalho de bíceps femoral variando a posição dos pés, contudo, é importante ressaltar que a pesquisa não avaliou a atividade de todos os posteriores de coxa. Por fim, destaco a forma como o trabalho foi feito, estudando-se músculos em isometria em mesa flexora, muito diferente do que se usa na prática, portanto, cuidado ao extrapolar estes dados.
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