Apesar de muito prático, uma vez que pode ser executado em qualquer lugar, este exercício da foto, conhecido como abdominal twist ou twist russo, pode se mostrar bastante arriscado para muitas pessoas, lesionando-as.
Nossa coluna é dividida em 4/5 partes, sendo que cada uma delas possui uma especialização. Para este post, nos interessam duas: a porção torácica, que vai de T1 a T12, num geral é boa para movimentos de rotação, e a lombar, que vai de L1 a L5, trabalha mais com flexão e extensão, lidando mal com rotações.
Existe um mecanismo clássico de lesão e sobrecarga lombar, evidenciado na literatura num clássico trabalho de Nachemson em 1970, onde danificamos os discos intervertebrais em movimentos de rotação de tronco, com flexão lombar e algum peso, por conta da altíssima sobrecarga gerada: basicamente o cenário criado pelo exercício abdominal twist russo.
Ele é proibido? Diria que não, porém, classifico-o como inadequado e com baixo custo-benefício, pois é bastante difícil se manter em isometria e realizando rotações simultaneamente, sobretudo com peso, aumentando o risco de lesões ou de agravá-las. Se o seu objetivo é ativar oblíquos, fato que acredito que @ levou a fazer o twist russo, saiba que não é necessário ter rotação de tronco para solicitá-los: os exercícios abdominais em suspensão e as pranchas laterais promovem trabalho muscular maior e com mais segurança. Além disso, não é porque o exercício é o mais difícil que ele irá promover a melhor hipertrofia: vários outros fatores são importantes, como número de séries, repetições, frequência de treino, etc.
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