A pesquisadora Baxter e colaboradores, em 2017, fizeram uma revisão de literatura acerca do alongamento no contexto da corrida, a fim de verificar se ele influencia na performance e na redução do índice de lesões.
Foi observado que, quando o alongamento é realizado imediatamente antes da corrida, ele reduz a economia de energia do exercício, por conta da diminuição da rigidez musculotendínea. Em outras palavras, o que aqui ocorre é que mais energia é dissipada, seja no reaproveitamento de energia de cada passada, seja na transmissão dela entre músculo e tendão. Ok, mas o que isto significa na prática? Por até 1 hora, o seu desempenho na atividade vai ser prejudicado e você vai se cansar mais rápido e/ou correr mais devagar. Isto poderia ser uma estratégia para quem quer perder peso? Quem sabe...
Quando realizado após o treino, nenhuma relação foi observada na redução da dor muscular tardia. Por fim, cronicamente, ou seja, no longo prazo, a literatura sugere que o alongamento não pode reduzir a prevalência de lesões em corredores.
Posto isto, a conclusão da revisão é a de que o alongamento não traz nenhum benefício para corredores nos quesitos prevenção de lesões, dores pós-treino e ganho de performance, muito pelo contrário neste caso, pois vimos que, na verdade, ela é prejudicada. Contudo, por experiência, posso lhes dizer que corredores tendem a ser encurtados e isto irá repercutir negativamente em qualidade de vida, prejudicando o treinamento de força e as tarefas do dia a dia, aumentando a sobrecarga articular por conta de movimentos atípicos, sendo assim, corredores devem se alongar, porém, em momentos separados do da realização da corrida.
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