Fala galera! No
presente artigo, iremos discutir o exercício ponte, utilizado para fortalecer
os músculos do core, trazendo algumas informações e variações da modalidade.
Boa leitura e não se esqueçam de curtir e de compartilhar para ajudar na
divulgação do meu trabalho!
EXECUÇÃO DO EXERCÍCIO PONTE
A ponte clássica é feita em decúbito
dorsal, ou seja, deitando-se de costas no solo; os joelhos devem ser mantidos
em flexão, com as pernas próximas a você, mas não coladas; o quadril deve ser
erguido alto, mantendo um alinhamento com os ombros, tronco e joelhos, e depois
sustentado.
OS MÚSCULOS DO CORE - REVISÃO
Tal conjunto,
didaticamente, pode ser dividido em duas partes, sendo uma representada por
músculos mais profundos, enquanto outra, por superficiais.
Em relação a
estes últimos, temos como seus representantes os músculos do quadril, eretor de
espinha, reto abdominal e oblíquo externo (EKSTRONET et al, 2007). Por conta da característica destes músculos de não se
inserirem diretamente na coluna, e sim se ligando à pelve ou às costelas
torácicas ou aos membros inferiores, este grupo de estruturas também recebe o
nome de estabilizadores globais do core, permitindo uma estabilização
secundária do tronco, haja vista que o papel principal fica com os músculos profundos
da região (HUANG et al., 2009; KUMAR,
2011).
E por falar
neles, os principais a serem mencionados são o transverso do abdômen, os
oblíquos internos e os quadrados e multífidos lombares. Conforme mencionado
acima, eles promovem uma estabilização primária do tronco, localizada, ao invés
de global, especialmente por conta da ação dos multífidos, que se conectam com
cada um dos segmentos vertebrais lombares, viabilizando um mecanismo de
co-contração em ação conjunta ao transverso do abdômen, proporcionando elevada
estabilização segmentar (HUANG et al.,
2014; WONG et al., 2013).
EXERCÍCIO PONTE – VANTAGENS E
DESVANTAGENS
O uso da ponte, se bem executado e
utilizado com graus de variação que respeitem o nível de desenvolvimento atual
do aluno, não traz nenhuma desvantagem, muito pelo contrário, haja vista que
irá recrutar e fortalecer músculos importantíssimos para estabilização,
proteção e saúde de nossa coluna, especialmente da região lombar, que é a que
mais tende a sofrer sobrecarga na vida diária.
Isto ganha ainda mais relevância no
contexto atual por conta dos elevados níveis de sedentarismo da população, que
passa horas e mais horas, todos os dias, sentada, sobrecarregando a coluna,
tanto é que 80% da dela tem ou ainda terá algum episódio de dor lombar
crônica em suas vidas.
VARIAÇÕES E ADAPTAÇÕES DO EXERCÍCIO
PONTE
As variações da ponte visam, de modo
geral, ao aumento da instabilidade do exercício, tornando-o mais difícil em
termos de “se equilibrar”. Tal procedimento obriga os músculos do core a
ativarem mais, com o intuito de estabilizar nossa coluna, gerando, assim, um
trabalho mais interessante, porém, é importante que os diferentes níveis de
instabilidade sejam vistos como adaptações possíveis, e não obrigatórias, sendo
seu uso feito quando necessário e totalmente individualizado ao nível de
desenvolvimento do aluno: de nada adianta aumentar ainda mais a dificuldade do
exercício, se ele já quase não é passível de execução por você!
- Poder-se-á erguer os braços para o
alto, de modo que eles não toquem no solo, diminuindo nossa superfície de
contato com ele, aumentando o grau de instabilidade e, consequentemente, a
ativação dos músculos do core para estabilizar a coluna.
- Outra variação clássica é trocar a
forma bipodal de execução, ou seja, com os dois pés no solo, para apenas um, de
maneira unipodal.
- Se estes procedimentos não
bastarem, chegou o momento de utilizar alguma instabilidade em nossos pés,
sendo os mais comuns: TRX, bosu e bola.
Tendo em vista o que falei acima,
vejamos um estudo (CATAYUD et al., 2017) com eletromiografia que comparou a
ponte bipodal com a unipodal, com e sem estabilidade nos pés, obtida pelo uso
de um TRX:
Analisando os resultados do estudo,
evidenciados pela imagem acima, podemos comprovar tudo o que falei
anteriormente: a forma menos instável de se fazer a ponte seria com os dois pés
no chão e sem o uso de TRX, sendo assim, a mais fácil. Depois dela, temos a
unipodal com o pé no chão, seguida pela bipodal com os pés em TRX e, por fim, a
mais instável de todas, a unipodal com TRX.
Para concluir, quanto mais instável for a situação do exercício, maior será o trabalho dessa musculatura postural, conforme evidenciado na tabela acima.
Ficamos por aqui! Até o próximo
artigo!
FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP
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