Fala
galera! No presente artigo, iremos conhecer
e discutir uma modalidade do famoso exercício de pernas, chamada de Agachamento Zercher. O objetivo será o
de entender para que ele serve, além de expor prós e contras de sua utilização.
Boa leitura e não se esqueçam de curtir e de compartilhar para ajudar na
divulgação do meu trabalho!
AGACHAMENTO
ZERCHER: FALANDO SOBRE BIOMECÂNICA
O agachamento já foi intensamente
discutido em outros artigos aqui do site. Apenas para recordar, trata-se de um
exercício de cadeia cinética fechada (CCF), assim como o afundo, uma vez que é
feito com nossos pés em contato com o solo, além de envolver diversas
articulações.
Pela maneira como é tradicionalmente
executado, dados os braços de alavanca gerados, implica em altas cargas para a
região lombar e para a patelofemoral (joelhos), proporcionando, assim,
altíssimo trabalho de quadríceps e de glúteos, porém, com bastante sobrecarga a
estas articulações, fato que pode ser tanto bom, quanto ruim, dependendo da
periodização, técnicas e estratégias que o profissional de educação física
responsável pelo seu planejamento de treino utilizar.
Quando pensamos em variações de
agachamento, temos a utilização da barra pela frente, fato que ocorre com o
agachamento frontal. Conforme exposto no artigo recente que discutiu esta
modalidade, temos que o front squat faz com que aumentemos o trabalho de
quadríceps, com incremento de compressão no joelho e consequente redução de trabalho
de glúteos e de sobrecarga lombar.
Além dele, temos também o agachamento
Zercher, assim apelidado em homenagem ao Strongman de St. Louis, Ed Zercher,
famoso campeão dos anos 30 e 40. Reza a lenda que sua academia não tinha gaiola
de agachamento, sendo assim, ele começou a fazê-lo desta maneira.
Posteriormente, o termo Zercher passou a ser utilizado para o nome da “pegada
na barra”, com a dobra do cotovelo, permitindo, assim, variações como o
levantamento terra, afundo ou bom dia/good morning Zercher.
Apesar de não haver investigação
científica acerca do agachamento Zercher, fato é que ele se comportará de
maneira muito semelhante ao agachamento frontal, passando quase que pelas
mesmas alterações biomecânicas em comparação ao agachamento livre tradicional: maior
trabalho de quadríceps e de compressão patelofemoral, com ligeira redução de
glúteos.
Além disso, temos uma dificuldade
maior aqui: segurar a barra! Para que isto ocorra de maneira a viabilizar a
execução do exercício, é importante conseguir boa estabilização do core e da
cintura escapular, além de força – teremos muito trabalho de trapézios, elevado grau de dificuldade para juntar as escápulas e impedir uma postura que
exacerbe a cifose torácica, além, é claro, da absurda solicitação, em isometria, de bíceps, braquiorradial e de músculos do antebraço.
AGACHAMENTO
ZERCHER: PARA QUE SERVE?
O
agachamento Zercher é o mais difícil execução dentre as 3 modalidades que
discutimos até o momento, justamente pela complexidade de estabilização da
barra.
Todavia,
acho importante que ele seja conhecido a fim de diversificar e, quem sabe, até
viabilizar seu treino de pernas.
Fato
é que muitas academias, residenciais, de condomínio ou comerciais, não têm
gaiola de agachamento e, às vezes, nem Smith machine. Contudo, um banco de
supino ou um apoio de pesos normalmente estão presentes. Sendo assim, ficaria
muito mais fácil fazer um agachamento Zercher do que um tradicional, dado o
trabalho de se colocar uma barra pesada nas costas a partir do chão,
especialmente sozinho.
Além
disso, algumas pessoas sentem, por motivos variados, muito desconforto em
apoiar uma barra na cervical, sendo a utilização de uma pela frente algo menos
dramático. Posto isto, é questão de gosto, usar o agachamento Zercher ou
frontal, mesmo porque, muitas pessoas detestam ou não têm mobilidade articular
para apoiar uma barra nos ombros pela frente e agachar.
Por
fim, temos a simples e honesta variação de treino/estímulo, a fim de quebrar a
monotonia de fazer sempre os mesmos exercícios, aprendendo, assim, novas técnicas de
execução, o que é muito saudável. Legal também que estes fatores todos incrementam o aspecto
motivacional e engajamento em relação ao programa de treinos.
Como
disse, não há estudos científicos de cinemática, dinâmica e eletromiografia do
agachamento Zercher, então, minha análise foi aproximada. Não sei dizer ao
certo se ele pode ser, em algum aspecto, mais eficaz ou prejudicial que seus
primos mais velhos, exceto pelo fato de requerer maior estabilidade de escápulas e de força de bíceps,
o que acho que pode agregar no treino, podendo, assim, ser mais uma opção em
seu arsenal.
Por
outro lado, temos a questão das lesões: é bastante desconfortável aparar a
barra na dobra do cotovelo. Tal fato pode ser amenizado com o uso de um
protetor cervical ou colchonetes em volta dela, porém, ainda temos outro problema que é a
extrema contração isométrica de bíceps.
É
possível cruzar os braços e encostá-los no corpo para reduzir isto um pouco,
porém, é fato que temos bastante carga na jogada, o que pode abrir espaço para
lesões crônicas ou mesmo agudas. Sendo assim, cuidado com o peso, converse com um treinador capacitado, invista bastante em técnica inicialmente, faça
aquecimento adequado e preste atenção a sinais de tendinite, especialmente de
braquiorradial, e epicondilites.
Com
isto, encerramos e espero que tenham gostado da forma como apresentei o tema
sobre o agachamento Zercher. Até o próximo artigo!
FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP
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Obrigada pelo artigo caro colega!
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